Sonae e CTT criam plataforma para comércio electrónico aberto a outras empresas

Novo projecto será controlado em partes iguais pelas duas empresas e representará um investimento entre 10 e 15 milhões de euros.

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Paulo Azevedo, presidente da Sonae, dá maos um passo na diversificação dos negócios. NELSON GARRIDO

A Sonae e os CTT vão avançar com uma parceria na área do comércio electrónico, com vista à exploração de uma nova plataforma em modelo marketplace, uma loja virtual onde outras empresas podem colocar à venda os seus produtos.

Segundo o acordo assinado, a joint-venture visa a constituição de uma sociedade que terá como accionistas a Sonae (50%), empresa com boa parte da sua actividade no comércio de retalho, e os CTT (50%), empresa de distribuição de correio e de encomendas.

“Os dois grupos possuem competências complementares que irão aproveitar na criação de um marketplace que preste serviços integrados de intermediação de relações comerciais entre comerciantes e consumidores”, refere a Sonae em comunicado.

O investimento necessário para a implementação do projecto, que está sujeita a aprovação pelas autoridades da concorrência competentes, será de 10 a 15 milhões de euros nos primeiros anos, repartido em partes iguais entre as duas empresas.

Segundo o comunicado, “a criação do marketplace constitui uma forte aposta no desenvolvimento do comércio electrónico, com foco nas PMEs e marcas portuguesas, através de um posicionamento assente em proximidade, numa experiência de compra simples, segura e conveniente e com uma oferta abrangente de produtos e serviços disponibilizados online por cada vez mais empresas”.

O grupo presidido por Paulo Azevedo, proprietário do PÚBLICO, destaca que a iniciativa é mais um passo na aposta da Sonae na área do comércio electrónico e enquadra-se nos pilares estratégicos do grupo, nomeadamente “reforçar e aproveitar os activos e competências chave e diversificar modelos de negócio e estilos de investimento”.

Em 2017, as vendas online da Sonae totalizaram 100 milhões de euros. No primeiro trimestre do corrente ano, as vendas online da Worten, do retalho alimentar e da marca de roupa Salsa cresceram entre 30% a 40%.

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