Governo garante contratação de 50 meios aéreos, a maioria por ajuste directo

Secretário de Estado garante que estão no terreno os meios aéreos necessários nesta altura.

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Daniel Rocha

Cinquenta meios aéreos de combate aos incêndios estão já contratados, disse esta quinta-feira o secretário de Estado da Protecção Civil, Artur Tavares Neves, referindo que nesta altura estão no terreno os meios “necessários”.

“Os 50 meios aéreos que tínhamos a contratar estão contratados na sua plenitude, estão já em funcionamento aqueles que se revelam necessários e muitos daqueles que, eventualmente, possam ser absolutamente necessários em caso de emergência também estão à disposição”, disse Artur Tavares Neves.

O governante, que falava aos jornalistas em Ponte de Sor (Portalegre), à margem da sessão de abertura da segunda edição do “Portugal Air Summit”, sublinhou que o dispositivo “está já preparado”, tendo sido alvo de “um grande simulacro” que funcionou “a todos os níveis”.

Durante o exercício Montemuro 18, em Cinfães, no distrito de Viseu, no sábado, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, tinha garantido que, esta semana, seriam contratados oito meios aéreos, totalizando os 50 que ficarão à disposição. “O dispositivo está já preparado, foi objecto de um grande simulacro, que funcionou a todos os níveis do sistema de gestão de operações devidamente testado e, portanto, os portugueses podem estar tranquilos”, reforçou hoje Artur Tavares Neves.

O governante recordou que, este ano, as forças de combate aos incêndios têm uma disposição “flexível”, podendo actuar de uma “forma firme” durante todo o ano. “Este ano, ao contrário dos outros anos, as forças de combate aos incêndios têm uma disposição flexível, podem actuar todo o ano, aliás, há uma força firme a actuar todo ano. A ideia das fases desapareceu porque os fenómenos severos que temos tido obrigam mesmo a uma outra lógica no combate aos incêndios”, afirmou.

O dispositivo especial de combate a incêndios rurais (DECIR) estabelece para o período mais crítico em fogos, entre Julho e Setembro, um total de 55 aeronaves, sendo 50 alugadas (uma das quais para a Madeira) e seis da frota do Estado, mas apenas três helicópteros ligeiros estão a voar, faltando os três Kamov que estão inoperacionais desde o início do ano.

Para substituir estes Kamov, o ministro da Administração Interna já referiu que está a decorrer um processo de consulta para a contratação de três meios pesados sem fabricante pré-definido. Actualmente a Autoridade Nacional de Protecção Civil tem ao seu dispor 13 meios aéreos, três dos quais da frota do Estado.

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