Há mais dois oficiais de justiça arguidos no caso E-toupeira

No total, são já sete os arguidos no processo que investiga alegados crimes de corrupção activa e passiva, acesso ilegítimo, violação de segredo de justiça, falsidade informática e favorecimento pessoal.

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Paulo Gonçalves, assessor jurídico do Benfica, é um dos arguidos em prisão preventiva LUSA/PAULO NOVAIS

O caso E-Toupeira tem mais dois arguidos que estariam infiltrados no sistema de justiça e que terão alegadamente agido no interesse do Benfica. A notícia é avançada pelo Jornal Económico, nesta sexta-feira. Com estes dois novos arguidos, o número sobe agora para sete suspeitos, confirmou ao jornal fonte da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Acrescenta o Jornal Económico que os dois novos arguidos serão dois oficiais de justiça. Paulo Gonçalves, assessor jurídico do Benfica, José Nogueira Silva, técnico de informática do Instituto de Gestão Financeira e Equipamento de Justiça (IGFEJ), estão em prisão preventiva desde Março.

Paulo Gonçalves é suspeito de corrupção activa e passiva por alegadamente subornar funcionários judiciais para aceder a documentos abrangidos pelo segredo de justiça relacionados com o caso dos emails. Já tinha sido constituído arguido a 19 de Outubro do ano passado no âmbito das buscas da Polícia Judiciária ao caso dos emails — revelados no Porto Canal pelo director de comunicação do FC Porto, Francisco J. Marques — que indiciam uma alegada promiscuidade do clube da Luz com árbitros.

Já a detenção do técnico informático avançou depois de terem sido apreendidos nove computadores, três dos quais plenamente operacionais, dois monitores e uma impressora do Ministério da Justiça em sua casa. O material informático encontrado foi um dos argumentos que levaram o Ministério Público a defender a prisão preventiva do funcionário, já que mesmo em prisão domiciliária, sustentou-se, o técnico poderia continuar a actividade criminosa.

Os casos que envolviam o Benfica, como suspeito ou como queixoso, eram os que concentravam maior atenção, mas o técnico também terá consultado outros que envolviam clubes rivais.

O técnico terá ainda usado as credenciais da procuradora Ana Paula Vitorino para aceder ao caso, para camuflar o seu rasto no acesso ao sistema. As credenciais da magistrada não terão sido as únicas roubadas.

O processo E-Toupeira está a investigar crimes de corrupção activa e passiva, acesso ilegítimo, violação de segredo de justiça, falsidade informática e favorecimento pessoal.

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