Empresários portugueses e angolanos reúnem-se em Julho

Encontro em Luanda vai decorrer em simultâneo com a FILDA. Cimeira de Lisboa ainda está por marcar.

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FILDA vai decorrer em Luanda entre os dias 10 e 14 de Julho REUTERS/Ed Cropley

A Câmara de Comércio e Indústria Portugal-Angola (CCIPA) está a organizar um evento em Luanda que irá reunir empresários e gestores dos dois países. De acordo com João Traça, presidente da CCIPA, este evento vai realizar-se a 12 de Julho, em simultâneo com a FILDA, a feira internacional de Luanda, que decorre entre 10 e 14 desse mês.

O 2.º encontro Angola-Portugal terá como mote “relações com passado e futuro”, e ocorrerá num momento de relançamento das ligações entre os dois países, após o processo de Manuel Vicente ser remetido parara Angola, tal como pretendia o novo presidente angolano, João Lourenço. A representação empresarial portuguesa na FILDA, o maior evento angolano de negócios, é organizada pela Associação Empresarial de Portugal (AEP).

Já em relação à cimeira que estava prevista para ter lugar em Lisboa no passado mês de Março, e que acabou por ser adiada no meio da polémica que envolveu a acusação a Manuel Vicente (antigo vice-presidente de José Eduardo dos Santos e ex-presidente da Sonangol), João Traça diz que ainda nada está agendado.

Isto numa fase em que as relações comerciais estão numa conjuntura negativa. Depois de uma queda que durou 22 meses devido à crise que atravessa o país (devido ao preço do petróleo), em Outubro de 2016 as exportações de bens para Angola voltaram a subir. No entanto, a recuperação foi de curta duração, já que logo em Setembro do ano passado, logo após as eleições que colocaram João Lourenço na liderança deste país africano em substituição de José Eduardo dos Santos, assistiu-se a uma nova quebra, que dura até ao momento.

Esta semana, o INE divulgou os dados de Março, que mostram uma queda de 28%, para 122 milhões de euros, nas vendas para Luanda. No primeiro trimestre, as exportações para este país chegaram aos 349 milhões de euros, o que representa uma queda de 22,4% face a idêntico período de 2017.

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