Depois da reforma, Ana Mexia criou a clínica Improve

Clínica de emagrecimento e bem-estar procura aliar a medicina com as terapias alternativas.

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Ana Mexia (ao centro) com a equipa da clínica: médicos e terapeutas Daniel Rocha
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Um dos gabinetes de tratamento Daniel Rocha
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Não é fácil chegar. A rua é a Soeiro Pereira Gomes, em Lisboa, onde fica o PCP, e a Clínica Improve fica no complexo do edifício Jardins de São Lourenço, um condomínio fechado. É preciso entrar pela recepção para chegar ao espaço de emagrecimento e beleza que Ana Mexia, 68 anos, concretizou, depois de se reformar.

Enérgica, a mulher que trabalhou na área de protocolo e de assessoria para o Ministério dos Negócios Estrangeiros, mostra a clínica e apresenta as terapeutas que ali trabalham e que também são suas sócias. "A nutricionista Maria Inês Antunes que faz a consulta de nutrição... A psicóloga Ana Cristina Costa que acompanha todos os clientes...", vai enumerando Ana Mexia, à medida que bate às portas e as vai abrindo.

A diferença da sua clínica para as outras – Ana Mexia é uma mulher viajada, que trabalhou na indústria farmacêutica, fundou uma marca de moda e "correu a Europa a vender calças", descreve-se a si própria – é ter uma preocupação global com quem entra. Ou seja, tem uma "abordagem holística". Assim que um cliente chega tem uma consulta gratuita com uma consultora ou com a psicóloga clínica, depois disso, terá uma consulta com o médico que avalia se a pessoa pode fazer o tratamento. Cabe à psicóloga acompanhar todo o processo, porque "temos sempre uma luta interna, problemas de auto-estima... As pessoas precisam de se encontrar", justifica a directora da clínica.

Ao cliente é aconselhado um tratamento – pode ser de emagrecimento, pode ser de beleza –, que é pago à cabeça. É bom para a clínica e é bom para o cliente que fica comprometido a fazê-lo até ao fim, justifica Ana Mexia. "É preciso que o cliente faça um compromisso. O contrato só é fechado quando o cliente diz: 'Eu quero'", acrescenta. As consultas podem ir de 40 a 100 euros.

E o tratamento é acompanhado por toda a equipa. Ou seja, além da parte da medicina convencional, o cliente será ainda seguido por especialistas em terapias alternativas – a naturopatia e a medicina tradicional chinesa. E há ainda a "aparatologia médico-estética", ou seja, os aparelhos que ajudam a combater a gordura localizada, as estrias, a celulite, as rugas, etc., que são manuseados pelas terapeutas. "Todos se completam", resume Ana Mexia. "Há uma sinergia, somos um todo, corpo e espírito. Por isso fui buscar todas as valências para conseguirmos os nossos objectivos", resume a empresária.

E como é que se concilia a medicina ocidental com a oriental? "Não se anulam, complementam-se. Há sempre casos que a chinesa não resolve... O que se passa é que a medicina convencional está cada vez mais fechada, compartimentada, quando vamos ao médico este não olha para nós e a medicina chinesa sabe que todos os órgãos estão interligados, que somos um todo, corpo e espírito", responde a mulher que já viajou várias vezes para Oriente e tem tido contacto com terapias alternativas.

A clínica abriu há meio ano com cinco gabinetes de consulta e oito de tratamento, começou só com os tratamentos de emagrecimento e bem-estar, mas tem tido tantas solicitações que Ana Mexia criou programas mais curtos, por exemplo, para executivas ou para turistas de gama alta que passam pela cidade e querem experimentar sessões de relaxamento. Os tratamentos podem durar entre um a quatro meses.

Semanalmente toda a equipa reúne para fazer o seguimento de todos os clientes. "Nas reuniões sei qual é a evolução dos clientes e falo com eles, pergunto: 'Porque não está a conseguir?' Todos temos de ter uma abordagem positiva, queremos criar um sentimento positivo", diz, lembrando que baptizou a clínica com uma palavra inglesa que diz tudo: "Improve, melhorar. É um nome que transmite o que queremos para nós!"

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