Torrent anulou votação para investidura de Turull mas manteve sessão

Presidente do parlamento catalão decidiu não proceder à segunda votação para investir Jordi Turull - detido desde sexta-feira - como presidente da Generalitat.

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LUSA/ALBERTO ESTEVEZ

O presidente do parlamento catalão, Roger Torrent, anulou a segunda votação para a investidura de Jordi Turull (detido desde sexta-feira). A sessão deste sábado realizou-se mas não houve votação para a liderança da Generalitat.

Na sexta-feira, o Tribunal Supremo espanhol decidiu enviar para a prisão cinco dirigentes – incluindo o seu candidato para presidir à Generalitat – e aceitar a acusação de rebelião contra 13 políticos, pelo seu envolvimento no processo independentista na Catalunha e na organização do referendo soberanista de 1 de Outubro de 2017. Foram ainda reactivados cinco mandados de captura europeus, incluindo o de Carles Puigdemont.

Na quinta-feira, decorreu a primeira votação para investir Turull como presidente do governo catalão, mas a abstenção dos quatro deputados da Candidatura de Unidade Popular (CUP), aliada à impossibilidade de Puigdemont e Toni Comín poderem exercer o direito de voto por se encontrarem fugidos à justiça espanhola, impediu a ala soberanista do parlament de alcançar a maioria necessária de 68 votos para investir o ex-conselheiro para a presidência da Generalitat, na quinta-feira. Números que levaram ao agendamento de uma nova votação. 

“Hoje, não posso dizer que seja um bom dia”, disse Torrent na abertura da sessão parlamentar deste sábado. Considerando este um momento “profundamente excepcional”, e apesar de reconhecer que “nestas condições não se pode celebrar” a sessão plenária marcada para este sábado, o presidente do parlamento regional referiu ser “necessário falar”.

Depois da intervenção de Torrent, falaram os líderes dos diferentes grupos parlamentares e foi encerrada a sessão.

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