Boris Johnson defende partida de ténis lucrativa com mulher de ex-ministro de Putin

O casal Chernukhin, retratado nos media britânicos como próximo do Presidente russo, deu 160 mil libras ao Partido Conservador em 2014.

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Boris Johnson disse que não se deve ostracizar toda a Rússia Reuters/HANNAH MCKAY

O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, Boris Johnson, defendeu este domingo a polémica partida de ténis contra a mulher de um antigo ministro de Vladimir Putin, em 2014, que resultou numa transferência de 160 mil libras (cerca de 182 mil euros) para o seu Partido Conservador.

As declarações de Johnson, no programa Andrew Marr Show, na BBC, surgiram em resposta às críticas do Partido Trabalhista, que tem acusado os conservadores de aceitarem doações de magnatas russos apesar de as relações entre os dois países terem piorado nos últimos anos.

"Até que haja provas contra um determinado cidadão russo, acho que não devemos ostracizar toda a nação russa", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, que na semana passada acusou o Presidente Vladimir Putin de ter pessoalmente ordenado o envenenamento do antigo espião russo Sergei Skripal.

De acordo com os media britânicos, o antigo vice-ministro das Finanças russo Vladimir Chernukhin e a sua mulher, Lubov, fazem parte do círculo de Putin.

Em 2014, após o jogo de ténis que serviu para angariar fundos para o Partido Conservador, o então primeiro-ministro britânico, David Cameron, disse que Vladimir Chernukhin não era "um dos amigos de Putin", lembrando que vivia no Reino Unido há anos.

"Muitos russos que vieram para este país fizeram aqui a sua vida e contribuíram de forma magnífica para a nossa cultura e para a nossa sociedade. E eles sentem-se ameaçados", disse Boris Johnson, que na altura da partida de ténis era mayor de Londres.

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