Merkel inicia o seu quarto mandato

Governo de “grande coligação” toma posse após votação da chanceler no Parlamento alemão.

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Angela Merkel toma posse como chanceler pela quarta vez OMER MESSINGER/EPA
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A chanceler toma posse perante o presidente do Bundestag, Wolfgag Schäuble RONALD WITTEK/EPA
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A chanceler é proposta formalmente pelo Presidente - na foto, Merkel e Frank-Walter Steinmeier FILIP SINGER/EPA
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Merkel recebe parabéns e flores após a votação HANNIBAL HANSCHKE/Reuters

Os deputados alemães reelegeram esta quarta-feira Angela Merkel para um quarto mandato à frente do Governo alemão, novamente numa coligação entre conservadores (CDU/CSU) e sociais-democratas (SPD).

Merkel foi eleita com 364 votos a favor, menos do que os 399 que a sua coligação tem (há sempre alguns deputados das coligações a votar contra ou abster-se na votação para o cargo de chanceler e isto aconteceu nas anteriores coligações de Merkel; a oposição foi, no entanto, rápida a considerar que "não é bom sinal"). Outros 315 votaram contra a chanceler e houve ainda nove abstenções.

Angela Merkel, 63 anos, está no poder desde 2005 – a líder europeia há mais tempo no cargo – e marcou a política do país e da União Europeia especialmente durante a crise do euro.

Inicia o seu quarto (e presumivelmente último) mandato quase seis meses depois das eleições e várias rondas de negociações para chegar a uma coligação, e ainda que a solução encontrada seja um acordo semelhante ao do seu primeiro (2005-2009) e terceiro mandatos (2013-2017), vários ministros serão diferentes, em especial nas principais pastas das Finanças, em que Olaf Scholz, do SPD, substitui Wolfgang Schäuble, e Heiko Maas, também do SPD e que era ministro da Justiça, passa para os Negócios Estrangeiros.

Esta coligação inclui ainda uma cláusula que permite a reavaliação pelos partidos passados dois anos, o que os deixa sob pressão extra.

O partido de Merkel procurará entretanto uma sucessão ordeira para a figura que o dominou e transformou nos últimos doze anos, e o SPD procurará reerguer-se do seu pior resultado do pós-guerra nas últimas eleições. Tudo isto sob a presença da Alternativa para a Alemanha (AfD), a direita radical, que no ano passado foi eleita pela primeira vez para o Bundestag. 

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