Rosa Oliveira vence Prémio Inês de Castro

Júri presidido por José Carlos Seabra Pereira escolheu por maioria o livro de poesia Tardio.

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JORGE SANTOS

O livro de poesia Tardio, de Rosa Oliveira, publicado pela editora Tinta-da-China, venceu o Prémio Literário Fundação Inês de Castro 2017, cujo júri decidiu atribuir ainda um prémio de carreira ao ensaísta e poeta Eugénio Lisboa.

O júri do prémio decidiu por maioria: o seu presidente, José Carlos Seabra Pereira, e os jurados Isabel Pires de Lima e António Carlos Cortez votaram no livro de Rosa Oliveira, ao passo que Mário Cláudio votou em A queda de um homem, de Luís Osório, e Pedro Mexia, que dirige a colecção de poesia da Tinta-da-China onde Tardio foi publicado, optou por Hoje estarás comigo no Paraíso, de Bruno Vieira Amaral.

Nascida em 1958, Rosa Oliveira revelou-se como poeta em 2013 com o livro Cinza, também publicado na colecção da Tinta-da-China, e que venceu o prémio Pen Clube para obras de estreia. Antes disso tinha já publicado um livro para a Expo’98, Paris 1937, e o ensaio Tragédias Sobrepostas: Sobre O Indesejado de Jorge de Sena (Angelus Novus, 2001), edição da sua tese de mestrado, concluída em 1991.

Além de colaboração poética em revistas e antologias, a autora publicou ainda na revista Granta, em 2016, “o primeiro conto de uma série em que presentemente trabalha”, adianta o comunicado enviado pela Fundação Inês de Castro.

Ao júri do prémio é ainda dada a possibilidade de atribuir, se assim o entender, um Prémio Revelação, destinado a autores com menos de 30 anos, ou um Tributo de Consagração, distinguindo toda a obra de um autor. Este último foi atribuído, nesta 11.ª edição do prémio, a Eugénio Lisboa, autor de uma extensa obra ensaística, na qual se destacam os seus estudos sobre José Régio.  

Na edição anterior, o Prémio Literário Fundação Inês de Castro fora atribuído a Rui Lage pelo seu livro de poemas Estrada Nacional, tendo o júri decidido conceder o prémio de carreira à romancista Maria Velho da Costa.

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