O Real Madrid versão Champions está para durar

"Merengues" impuseram-se novamente ao PSG e apuraram-se para os quartos-de-final, com Ronaldo a marcar (1-2).

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LUSA/YOAN VALAT

Com o título espanhol a não passar de uma mera utopia, o Real Madrid está definitivamente empenhado em regressar à final da Liga dos Campeões e, nestaa terça-feira, deu mais um passo nesse sentido. Na segunda mão dos oitavos-de-final, confirmou em Paris a superioridade mostrada em Espanha sobre outro dos milionários da prova, o PSG, e fechou a eliminatória com novo triunfo, desta feita por 1-2. É a versão europeia dos “merengues” a falar mais alto.

Órfãos de Neymar, a recuperar de lesão, os parisienses tiveram sempre dificuldades nas zonas de criação e, apesar da abordagem relativamente ousada do rival (que jogou com Lucas Vázquez e Asensio abertos nas alas, num meio-campo sem Modric nem Kroos), raramente conseguiram chegar ao último terço com real perigo. Até porque tiveram sempre dificuldade em jogar à largura.

Foi, por isso, natural que as melhores ocasiões do primeiro tempo tivessem pertencido ao Real, que mesmo sem acelerar muito esteve perto do golo aos 18’ (desvio de Sergio Ramos para defesa de Areola) e aos 38’ (Benzema, isolado, viu o remate travado pelo guarda-redes francês). A resposta dos anfitriões chegou apenas aos 43’, quando Mbappé, descaído sobre a direita, testou os reflexos de Keylor Navas.

A toada do jogo manteve-se no segundo tempo, com a diferença de se terem acumulado os erros individuais. Num deles, Dani Alves perdeu a bola para Asensio no meio-campo, o atacante acelerou rumo à área, combinou com Lucas Vázquez e Ronaldo, ao segundo poste, de cabeça, inaugurou o marcador. De cima para baixo, a finalização do português, aos 52’, foi exemplar. E permitiu-lhe elevar para 117 os golos apontados na Liga do Campeões.

O PSG, que perdera na primeira mão por 3-1, era obrigado a subir o ritmo, mas a expulsão de Verratti, aos 66’, limitou e de que forma as ambições dos franceses. Ainda assim, com alguma felicidade à mistura, conseguiram igualar aos 71’, num lance que contou com um cabeceamento de Pastore, um primeiro ressalto nas pernas de Casemiro e um segundo nas de Cavani, com a bola a seguir depois para a baliza.

Poderia ter sido o mote para a recuperação dos franceses, mas o efeito foi o oposto. Zidane lançou Toni Kroos para o lugar de Kovacic, a equipa passou a circular a bola com mais critério e paciência e o 1-2 chegou com naturalidade, num lance em que o Real colocou muita gente nas imediações da área contrária. Rabiot, em missão de salvamento, aliviou a bola para o sítio errado e Casemiro, a meias com um defesa francês, desenhou o 1-2.

Até ao fim, continuou a dar apenas Real Madrid — e Lucas Vázquez ainda acertou no poste. Um dos “príncipes” do castelo Champions já ficou pelo caminho, enquanto o rei continua a espalhar autoridade, a caminho dos quartos-de-final e cada vez mais próximo de poder discutir o terceiro título europeu consecutivo.

 

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