Já não é novidade que o ritmo de concessão de novos empréstimos às famílias acelerou em 2017, mas os números finais não deixam de impressionar. Entre crédito ao consumo e à habitação, os bancos e instituições financeiras emprestaram cerca de 15 mil milhões de euros.

A diferença entre os dois tipos de crédito às famílias foi de apenas 1500 milhões de euros.

No crédito à habitação, os novos empréstimos ascenderam a 8259 milhões de euros, um crescimento de 42% face a 2016 e o valor mais alto desde 2010. Dezembro foi o melhor mês do ano passado, com os novos empréstimos à habitação a totalizaram 819 milhões de euros.

Os novos empréstimos ao consumo ascenderam a 6700 milhões de euros, no ano passado, um crescimento de 12% face ao ano anterior.

Os créditos pessoais totalizaram 2,8 mil milhões de euros, a crescer 9,6%, seguidos dos empréstimos para a compra de automóvel , que ascenderam a 2,7 mil milhões de euros, um crescimento de 20% face ao ano anterior. Os cartões de crédito e descobertos totalizaram 1,07 mil milhões de euros, com uma valorização modesta de 2%.

Só em Dezembro, o montante dos novos créditos ao consumo automóvel cresceu 9,9% em termos homólogos, num total de 264 milhões de euros, o montante mais elevado da série, iniciada em 2013.

A queda das taxas de juro e a maior confiança dos consumidores e das instituições financeiras em relação ao crescimentos da economia explicam a evolução dos números do crédito divulgados pelo Banco de Portugal.

A taxa de juro média dos novos empréstimos concedidos a empresas diminuiu para 2,16%, "um novo mínimo histórico", e a taxa de juro média para habitação caiu para 1,57%, uma tendência que se verificou também no crédito ao consumo e para outros fins, com as taxas de juro médias a descerem para 6,88% e para 3,26%, respectivamente.