Ryanair antecipa mais perturbações com reconhecimento dos sindicatos

Em causa estão eventuais greves dos trabalhadores durante o processo de sindicalização nos vários países onde opera.

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Reuters/Stefano Rellandini

A Ryanair está a avisar os clientes do risco de perturbações de voos, devido ao processo de reconhecimento de estatuto aos sindicatos representantes de pilotos, em curso em diversos países. A empresa irlandesa deverá estender este reconhecimento aos membros da tripulação, avança a BBC.

Em Portugal, a companhia aérea decidiu reconhecer o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) como organização representativa dos pilotos da Ryanair em Dezembro do último ano.

Os pilotos da Ryanair têm vindo a exigir melhores condições de trabalho, melhores salários e o reconhecimento da sua sindicalização. No Reino Unido, o reconhecimento de uma associação sindical abrangeu 600 pilotos. Agora, à medida que o processo se estende a outros países, a empresa de aviação antecipa que possam vir a existar perturbações de voos localizadas.

“À medida que finalizamos as discussões à semelhança do que concordámos no Reino Unido, esperamos algumas perturbações”, declarou a empresa irlandesa. É expectável que o mesmo se repita durante o processo de sindicalização da tripulação.

"Em certas jurisdições, os sindicatos que representam as companhias aéreas concorrentes desejam testar o nosso compromisso com o nosso baixo custo e o nosso modelo de elevada remuneração e produtividade para perturbar as nossas operações”, argumenta a Ryanair. "Estamos totalmente preparados para enfrentar perturbações, se isso significa defender a nossa base de baixo custo e modelo de produtividade."

Os lucros da empresa deverão rondar os 1,4 mil milhões de euros, dependendo do número de greves e perturbações e o número de viagens durante a Páscoa. A companhia aérea diz ainda não ter a certeza se irá aumentar os preços dos bilhetes este Verão e acrescenta que a falta de clareza sobre o “Brexit” está a prejudicar o negócio, face à incerteza do cenário que o próximo ano trará para os voos entre o Reino Unido e os países da União Europeia.

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