Parabéns, Catalunha!
O resultado das eleições na Catalunha foi mais uma bela lição de liberdade, inteligência e democracia que o povo catalão deu a um mundo casmurro e reumático.
A independência é o contrário da dependência. É triste quando uma nação depende inteiramente doutra. As relações entre nações amigas - como a Catalunha e a Espanha - são inquinadas. Não podem ser amigos verdadeiros se não forem independentes. Só independentes é que podem livremente escolher as relações de dependência que quiserem.
O resultado das eleições na Catalunha foi mais uma bela lição de liberdade, inteligência e democracia que o povo catalão deu a um mundo casmurro e reumático que é incapaz de perceber a independência da Catalunha como um gesto de libertação e de fraternidade.
O governo de Rajoy, que tem sido tirânico e violento contra os catalães, foi redondamente rejeitado. Os anti-independentistas preferiram confiar em Inés Arrimadas e nos Ciudadanos. Arrimadas é uma interlocutora esperta, moderna e arrojada. As três bandeiras do coração com que fez campanha dizem tudo: Catalunha, Espanha, União Europeia.
A Espanha precisa de políticos desempoeirados e abertos como Arrimadas e Albert Rivera. Com eles é possível haver entendimento sobre o futuro da Espanha e da Catalunha.
Para os independentistas, deitados abaixo com todos os meios ao alcance do regime espanhol, foi uma vitória retumbante. Se tivessem perdido a maioria absoluta o caminho continuaria a ser claro mas o ímpeto e a velocidade perder-se-iam um bocadinho.
Assim saem reforçados e de cabeça erguida. Sabem, melhor que os comentadores, que o trabalho será muito - mas que a independência já não escapa.