Paula Brito e Costa já formalizou demissão

Nova assembleia-geral será marcada ainda esta quinta-feira. Trabalhadores sem acesso ao dinheiro para apoiar doentes apelam ao primeiro-ministro, António Costa, para que nomeie uma "equipa provisória" para que Casa dos Marcos possa continuar a funcionar.

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Trabalhadores da Raríssimas dizem que tratamento dos doentes pode estar em risco Rui Gaudêncio

Paula Brito e Costa formalizou esta quinta-feira de manhã a sua demissão da presidência da Raríssimas. A confirmação partiu do presidente da assembleia-geral daquela associação nacional de deficiências mentais e raras, o advogado Paulo Olavo Cunha.

“Consequentemente, aguardo que os directores remanescentes solicitem a convocação de uma assembleia-geral para proceder à designação dos membros dos órgãos sociais em falta, até ao final do mandado em curso (2016-2019)”, adiantou, numa nota às redacções, para acrescentar que, se tal não acontecer até ao final do dia de hoje, quinta-feira, convocará ele próprio a reunião.

Esta manhã os trabalhadores da Raríssimas alertaram para o “sério risco” em que está a instituição. “Não temos uma direcção que possa tomar as medidas necessárias para que os nossos actos do dia-a-dia sejam validados, sejam legitimados e possamos continuar a funcionar”, afirmou Manuela Duarte Neves, em representação dos funcionários da Casa dos Marcos.

“Corremos o risco de fechar porque não temos dinheiro sequer durante muito tempo para dar de comer aos nossos doentes. Não temos dinheiro durante muito tempo para dar medicamentos aos nossos doentes. Não temos dinheiro, ouçam bem isso, unicamente porque não temos acesso a ele”, acrescentou, sublinhando o papel da Raríssimas no tratamento das doenças raras.

Manuela Duarte Neves dirigiu ainda um apelo muito claro ao primeiro-ministro, António Costa, no sentido de que seja nomeada uma equipa directiva provisória, “que não tenha conflito de interesses e que seja idónea e competente”, para que a Casa dos Marcos possa continuar a funcionar: “A nossa casa está a funcionar e bem. Não deixe que a nossa casa feche. Não deixe que os nossos doentes fiquem parados porque quem tem acesso a contas bancárias não nos quer dar.” 

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