Larry Flint dá 8,5 milhões de euros por pistas para destituir Trump

Editor de conteúdos pornográficos paga anúncio de página inteira no Washington Post a oferecer 10 milhões de dólares por informações que comprometam Trump. O objectivo é abrir caminho ao impeachment do Presidente.

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Larry Flint, numa fotografia de arquivo de 2003 Lucy Nicholson

Larry Flint volta a atacar e sobe a parada. Depois de ter oferecido um milhão de dólares, durante a campanha eleitoral norte-americana, por conteúdos que mostrassem comportamentos impróprios ou ilegais de Donald Trump, o editor de conteúdos pornográficos promete agora oferecer "até 10 milhões de dólares em dinheiro por informação que leve a um impeachment e à destituição" do Presidente norte-americano.

E para que não se arrisque a ser apenas um diz-que-disse, Larry Flint fez publicar a oferta sob a forma de um anúncio de página inteira no Washington Post – o principal jornal editado a partir da capital americana –, com uma longa lista de argumentos, que passam, na sua maioria, por episódios, atitudes e políticas levadas a cabo por Donald Trump nestes nove meses na Casa Branca e também o controverso processo eleitoral que terá tido mão russa. Entre outras, há referências aos comentários incendiários sobre a Coreia do Norte, à "sabotagem" do acordo climático de Paris e ao perigo que Trump representa como rastilho de uma guerra mundial nuclear.

O dono da revista Hustler admite que a acusação contra o Presidente norte-americano pode tornar-se numa batalha longa e problemática, "mas a alternativa – de mais três anos de uma disfunção desestabilizadora – é pior". 

Aos que acham que uma informação pode não valer nada, Flint avisa que se pode sempre encontrar qualquer coisa "enterrada" no meio de casos já conhecidos, como o das isenções fiscais por declarar prejuízos, ou entre os muitos investimentos das dezenas de empresas que a família Trump tem em diferentes países.

Larry Flint, que em 1998 fez a mesma oferta por conteúdos sobre Bill Clinton aquando do impeachment por perjúrio e obstrução à justiça na sequência do "caso Monica Lewinsky", considera que a eleição de Trump foi "ilegítima de muitas maneiras" e que os últimos nove meses mostraram que "ele é perigosamente impróprio" para exercer o enorme poder que lhe dá a cadeira presidencial da Casa Branca.

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