Câmaras ganhas pela CDU tiveram a taxa de abstenção mais elevada

Abstenção de 51,31% foi mais elevada do que nas câmaras ganhas por qualquer outra força política.

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Nuno Ferreira Santos

Nas 24 autarquias ganhas pela coligação entre o Partido Comunista e Os Verdes, mais de metade dos eleitores não foram às urnas. Dos cerca de 780 mil inscritos, 51,31% não votaram. 

Moita, Setúbal, Seixal, Palmela, Sesimbra, Benavente e Évora (municípios onde a CDU ganhou) registaram valores de abstenção acima dos 50%. Contudo, em Barrancos, uma das autarquias presididas pelo PCP-PEV, a abstenção foi a mais baixa do país (19,11%). 

Nas câmaras do PS, menos de metade dos eleitores (45,18%) não exerceram o seu direito ao voto. Nestas 159 autarquias, dois milhões e 269 mil inscritos não votaram.

Já nas 79 autarquias que o PSD venceu em 2017, a abstenção ficou-se pelos 44,12%. Dos cerca de um milhão e 622 mil inscritos nestes municípios, quase um milhão foi às urnas a 1 de Outubro. O concelho menos participativo foi Albufeira (60,71%), que também ocupa o primeiro lugar na lista da abstenção a nível nacional. 

Quanto às autarquias ganhas pelas restantes forças políticas, a abstenção oscilou entre os 32,68%, em Oliveira de Frades (onde o Nós Cidadãos venceu), e os 47,25%, no Funchal, onde a coligação PS-BE-JPP-PDR-NC teve mais votos. 

Abstenção inferior a 2013

Nas eleições autárquicas de 2017, 45,03% dos portugueses não foram às urnas. O valor é mais baixo do que o registado em 2013, quando 47,38% dos inscritos não votaram. 

Contudo, este continua a ser o segundo valor mais elevado de sempre. A taxa de abstenção mais baixa alguma vez registada em eleições autárquicas, foi de 28,26%, em 1979. 

 

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