Um café literalmente para acordar

Se é incapaz de funcionar sem a bebida, há cada vez mais tecnologias para o ajudar: desde uma capa de smartphone que tira cafés, a um despertador para um acordar cafeinado.

Fotogaleria
Talvez os puristas prefiram a tradição guilherme marques
Fotogaleria
O Barisieur é um despertador que faz café Barrisieur
Fotogaleria
A Spinn é uma máquina de café que utiliza sensores e ligação à Internet para torrar e moer grãos de formas específicas Spinn
Fotogaleria
A Mokase é uma capa de smartphone que faz café em qualquer lugar, além de proteger o telemóvel de quedas. Mokase

O ritual de beber um café de manhã, depois de almoço, ao final da tarde, ou sempre que o cansaço aperta é partilhado por muitos. Em todo o mundo, bebem-se mais de dois mil milhões de chávenas por dia segundo algumas estimativas, e até 2021 cada português deve consumir até oito quilos de café por ano, segundo um estudo do Instituto Português de Administração e Marketing. Em moderação, há estudos que mostram como o café pode ajudar a memória, prolongar o tempo de vida (com ou sem cafeina, segundo um estudo recente), e proteger de várias patologias (como a diabetes tipo II e doenças cardiovasculares).

Se é daquelas pessoas incapazes de funcionar sem café, ou conhece quem assim seja, há cada vez mais aplicações e aparelhos para melhorar a experiência.

Despertador cafeinado

O Barisieur é uma máquina de café de filtro automática, ligada a um despertador que complementa o ruído do alarme com som da água a ferver e o cheiro de café acabado de fazer, e que permite saborear a bebida logo ao acordar. Quem não é fã de café escuro, pode acordar ao cheiro de uma meia de leite, um café pingado ou mesmo uma chávena de chá.

O despertador ferve água a 94 graus através de uma placa de indução que aquece uma base de aço inoxidável, e o café vai sendo preparado ao longo da noite. Além disso, o aparelho não se estraga na máquina de lavar, vem com uma entrada USB para carregar o telemóvel e uma gaveta para guardar o açúcar.

Foto
A máquina também faz chá Barisieur

A criação é do britânico Joshua Renouf que conseguiu desenvolver o aparelho ao angariar mais de 400 mil euros numa campanha de financiamento online. O aparelho já está disponível para encomenda (o lançamento é no final de Setembro): custa cerca de 250 euros e está disponível em preto ou branco.

Personalizado e conectado

Quem não é fã de café de filtro ou instantâneo (e prefere moer os grãos, mas sem esforço) tem a Spinn: uma máquina de café que utiliza sensores e ligação à Internet para torrar e moer grãos de formas específicas, ferver a água até temperaturas pré-determinadas e personalizar o café de acordo com as preferências do utilizador.

Vem com uma aplicação (que não é obrigatória de utilizar), onde o utilizador pode alterar as definições da máquina à distância (preparando um café da cama), consultar a opinião de profissionais e fãs de café em todo o mundo, e encomendar grãos de café recomendados pela marca. Também está programada para alertar o utilizador sobre actualizações de software de que a máquina precisa. Custa 526 euros (com portes incluídos), mas os primeiros aparelhos só são enviados no começo de 2018.

Foto
A Spinn vem com uma aplicação para aprender com profissionais de café Spinn

Já vimos ideias melhores

A Mokase é uma capa de smartphone que faz café em qualquer lugar, além de proteger o telemóvel de quedas. Parece ficção, mas existe mesmo: trata-se de uma capa criada na Itália, que custa cerca de 50 euros, mas é capaz de aquecer 25 mililitros de água até 60 graus celsius, em qualquer lugar, através de uma pequena bateria incluída na capa. Porém, apenas pode fazer um café de cada vez (entre utilizações tem de se tirar a capa para inserir água e uma nova cápsula da marca).

O líquido é enviado por um filtro feito de alumínio e silicone, que não deve aquecer o telemóvel, e é gerido através de uma aplicação para Android e iOS. É compatível com os modelos mais recentes do iPhone e da gama Galaxy S da Samsung, bem como alguns modelos da Huawei e LG.

Foto
Com a Mokase, pode-se beber um expresso em qualquer lugar Mokase

Embora a campanha no site de financiamento da Kickstarter não tenha resultado, a empresa reuniu interesse suficiente para estar pronta para lançar o produto em Outubro.

Conhecer o cliente

Não são apenas os fabricantes de café que vêem o potencial de explorar a tecnologia da bebida: a empresa NoahFace, na Nova Zelândia, desenvolveu um sistema de reconhecimento facial para cadeias de café. O sistema é capaz de recordar as caras e bebidas preferidas dos clientes. O objectivo é aumentar a personalização no atendimento ao cliente e substituir aplicações ou cartões de pontos (a cara da pessoa é o suficiente). Porém, os novos clientes (que não são reconhecidos pela máquina) podem escolher não ser inseridos na base de dados.

Foto
O sistema foi criado para melhorar o atendimento ao cliente NoahFace
Sugerir correcção
Comentar