Modelo britânica raptada em Itália para ser leiloada na dark web

Jovem de 20 anos dirigiu-se a uma suposta sessão fotográfica em Milão quando foi drogada e transportada para uma zona remota nos Alpes. Esteve uma semana num quarto algemada até que foi libertada. Um homem foi detido.

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Lukasz Herba foi detido quando acompanhava a vítima ao consulado britânico em Milão LUSA/ITALIAN POLICE PRESS OFFICE / HANDOUT

Uma modelo britânica de 20 anos foi raptada na cidade italiana de Milão com o objectivo de ser vendida num leilão através de um site da dark web. O caso terá ocorrido em Julho, mas a polícia italiana divulgou a situação apenas este sábado. Um suspeito de envolvimento no rapto foi detido e a mulher foi entregue ao consulado britânico no Reino Unido.

A vítima não foi identificada pelas autoridades, mas neste domingo o jornal italiano Corriere della Sera publicou o relato de Chloe Ayling à polícia. “Uma pessoa com luvas pretas calçadas apareceu por trás e colocou uma mão no meu pescoço e outra na minha boca, enquanto uma segunda pessoa,com  uma balaclava (um gorro que tapa toda a cara menos os olhos e boca), injectou-me algo no meu braço direito”, afirmou a modelo , explicando que o ataque ocorreu quando esta se dirigiu a uma suposta sessão fotográfica.

Crê-se que a mulher foi drogada, colocada dentro de um mala de viagem e depois transportada para Borgial, uma localidade isolada próxima de Turim. Seis dias depois foi libertada e entregue ao consulado britânico em Milão, relata a CNN.

A 17 de Julho, um polaco de 30 anos e residente no Reino Unido, foi detido junto ao mesmo consulado na cidade italiana sob suspeitas de envolvimento no rapto. A detenção de Lukasz Herba ocorreu enquanto este acompanhava Ayling ao consulado em Milão, afirmou o líder da unidade da polícia móvel italiana, Lorenzo Bucossi.

Não se sabe ainda porque é que Herba levou Ayling ao consulado e se esteve, de facto, envolvido no rapto. No entanto, as autoridades afirmaram que procuram outra pessoa que estará ligada ao crime.

A polícia explicou ainda que a mulher foi mantida algemada a um móvel de madeira no interior de um quarto durante quase uma semana e que os autores do sequestro utilizaram contas encriptadas online para pedirem ao agente da modelo mais de 250 mil euros para que o leilão fosse interrompido e a vítima libertada.

Além disso, a mesma pessoa que pediu o resgate informou o agente que estava a trabalhar em representação do grupo “Black Death”, uma organização envolvida no tráfico ilegal de, entre outras coisas, pessoas na chamada dark web, uma espécie de zona “obscura” da internet apenas acessível através de configurações específicas e autorizações.

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