Tecnologia para mergulhar melhor nas férias

Há câmaras para o protector solar, jogos digitais de raquetes à beira-mar, e aparelhos para respirar debaixo de água (sem um curso de mergulho).

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Os aparelhos tecnológicos não têm de ficar para trás no Verão Nuno Ferreira Santos

Férias são cada vez mais são sinónimo de desligar da agitação e do stress tecnológico criado por pequenos aparelhos móveis, e deixar o hábito de espreitar constantemente o smartphone para ver se há chamadas não atendidas ou mensagens sobre trabalho. Mas não é necessário fazer um detox total da tecnologia. Há vários pequenos outros aparelhos tecnológicos (além da câmara digital), que podem melhorar as férias.

Respirar debaixo de água com Scorkl

O Scorkl foi criado para abrir o mundo subaquático ao nadador casual que não tem uma licença de mergulho e quer passar mais tempo debaixo de água sem vir sempre à superfície para respirar. Trata-se um pequeno aparelho leve, portátil e simples (parecido com uma garrafa de água de 500 mililitros), que se pode encher manualmente através de uma bomba de mão de alta-pressão que vem incluída.

A bomba manual (que demorou um ano a ser desenvolvida) é a chave do conceito porque consegue bombear ar com uma pressão até 210 quilos por centímetro quadrado através de um sistema de quatro fases. O ar entra na primeira divisão à pressão ambiente, e depois é bombeado para as outras com uma pressão sucessivamente maior até entrar no Scorkl.

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O aparelho foi criado para ser pequeno, leve e portátil Scorkl

O aparelho (desenvolvido através de uma campanha no site de financiamento colectivo Indiegogo) começou a ser exportado este mês. É enviado para todo o mundo (com os portes incluídos) e custa cerca de 390 euros. Sem uma bomba de mão incluída custa 195 euros. Os criadores alertam, porém, que o produto não foi concebido para profundidades superiores a dez metros e que os utilizadores amadores (que não estão habituados a mergulhar em profundidade), não devem utilizar o aparelho a mais de três metros de profundidade. 

Proteger do sol com Sunscreenr

Ninguém gosta de apanhar um escaldão, mas o olho humano nem sempre é suficiente para perceber se o protector solar está bem aplicado no corpo todo. O Sunscreenr foi criado como solução: é uma mini-câmara à prova de água (que passa por um pequeno porta-chaves colorido) que capta imagens com filtros de luz ultravioleta para confirmar se o protector solar foi aplicado em quantidade suficiente, sem falhas.

Quando se olha através da lente da pequena câmara qualquer parte da pessoa coberta por protector solar aparecerá com uma tonalidade mais escura. O aparelho também pode gravar pequenos vídeos até 30 segundos e vem com uma entrada USB. O tempo de vida da bateria deve durar até 48 horas entre carregamentos.

A ideia nasceu no site de financiamento Kickstarter, mas ganhou apoio depois de aparecer num episódio de Outubro de 2016 da versão norte-americana do Shark Tank (em que empreendedores apresentam as suas ideias de negócio a potenciais investidores). O Sunscreenr pode ser pré-encomendado por cerca de cem euros. Os portes não estão incluídos.  

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O aparelho é do tamanho de um pequeno porta-chaves colorido Sunscreenr

A evolução das raquetes à beira-mar

A LoopBall quer levar os jogos de raquetes à beira-mar para o próximo nível, ao incluir medidores que registam a distância entre os jogadores, e a velocidade e número de vezes que os jogadores passam a bola entre si sem que esta caia ao chão. A informação (que inclui uma estimativa das calorias gastas a jogar, e permite encontrar a bola através de técnicas de geolocalização) é enviada para uma aplicação móvel.

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O projecto ainda está à procura de financiamento, mas o objectivo do produto (que começou a ser desenvolvido em 2013, lançou o primeiro protótipo em 2016 e começou uma campanha no Kickstarter em Junho de 2017) é criar um historial digital dos jogos para que se possam organizar competições amigáveis entre vários jogadores. O preço da LoopBall e da aplicação móvel deverá rondar os 45 euros.

Para carregar os outros aparelhos

Quem não aguenta mesmo passar as férias sem smartphone, computador, câmara ou tablet carregado (mas gosta de acampar ou ir partir à aventura), pode optar pela OffGrid Solar Backpack da Voltaic. É uma mochila equipada com painéis solares (até 10 watts) para carregar pequenos aparelhos electrónicos. O fundador norte-americano da Voltaic concebeu a ideia para a marca (que agora disponibiliza várias malas e mochilas com painéis solares) quando ficou sem bateria no telemóvel durante uma viagem pelo interior de Espanha. 

Porém, são precisas cerca de duas horas com a mala ao sol para carregar um smartphone (seja Blackberry, Android ou Apple), três horas para uma câmara digital, e perto de oito horas para carregar um tablet com um ecrã de dez polegadas. Custa cerca de 110 euros, com as primeiras malas do modelo OffGrid a serem enviadas na primeira semana de Agosto.

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As malas da Voltaic são criadas para quem quer partir à aventura sabendo que pode carregar os telemóveis em qualquer lugar Voltaic
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