A Escócia mostra

É uma pena Theresa May ter fugido ao debate com os adversários políticos.

É uma pena Theresa May ter fugido ao debate com os adversários políticos e recusar-se a responder a perguntas incómodas. É pena porque ela é formidável a debater. É não só um prazer mas uma injecção de democracia vê-la na Casa dos Comuns a esgrimar com Jeremy Corbyn às quartas-feiras nos PMQ - Prime Minister's Questions.

Infelizmente Theresa May decidiu seguir os conselhos do malabarista Lynton Crosby que prefere sempre jogar pelo seguro, pelo silêncio e pelo tédio da repetição. Num artigo brilhante e cheio de sugestões práticas que deveria ser lido por toda a gente amaldiçoada pela necessidade de entrevistar políticos, Mark Damazer explica porque é tão difícil convencê-los a fugir às platitudes e inanidades. Felizmente The age of lies está disponível online no website do New Statesman.

Damazer elogia o excelente programa de rádio More Or Less, na Radio 4 da BBC, em que o economista Tim Harford, com muito humor e curiosidade, mostra como devemos questionar os dados estatísticos para saber o que realmente dizem: às vezes até pode aproximar-se do que procuram dizer.

Se quisermos um debate a sério, sem punhos de renda ou fotogenias, temos uma hora e meia da clareza violenta da política partidária no YouTube

É graças aos seis dirigentes dos principais partidos escoceses, com Nicola Sturgeon, Kezia Dugdale e Ruth Davidson em grande forma. E os membros do público são os melhores e mais eloquentes que já vi. Porque é que todos os debates não podem ser assim? Ou só mais um?

 

 

 

 

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