Trump dançou My way (e Dolly Parton) nos bailes da tomada de posse

Sem esquecer os jornalistas e o trabalho que tem pela frente, o 45.º Presidente dos EUA esteve nos três bailes da inauguration para dançar à sua maneira.

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As famílias Trump e Pence em palco KEVIN DIETSCH/POOL/LUSA
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A multidão de apoiantes dos Trump KEVIN DIETSCH/POOL/LUSA
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A multidão de apoiantes dos Trump YURI GRIPAS/Reuters
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O casal Mike e Karen Pence CJ GUNTHER/LUSA
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Melania Trump dança com um militar CJ GUNTHER/LUSA
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Trump dança com uma militar CJ GUNTHER/LUSA
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Ivanka Trump e o marido CJ GUNTHER/LUSA
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Trump corta o bolo no Baile dos Militares RICK WILKING/Reuters
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My way, Frank Sinatra, e um casal sob o olhar do mundo a fazer a sua primeira dança como Presidente dos EUA e primeira-dama. Donald J. Trump e Melania Trump dançaram num dos três bailes comemorativos da tomada de posse do 45.º Presidente ao som de um clássico, perante uma plateia de telemóveis erguidos para registar o momento iluminado pelas cores da bandeira americana e ao som de música ao vivo. 

"And now, the end is near", começa a música, uma celebração de identidade que foi uma espécie de corolário de um dia longo acompanhado pelo mundo fora entre cerimónias e alguns protestos, mais violentos nas ruas de Washington, mais simbólicos noutras capitais estrangeiras. Trump, de smoking, e Melania Trump, com um vestido em seda branco-baunilha de Hervé Pierre – antigo director criativo da casa Carolina Herrera, em cujo desenho colaborou com a primeira-dama de forma "orgânica", como disse o designer ao Women's Wear Daily –, dançaram sem floreados. O novo Presidente tinha aliás, segundo disse um seu colaborador à CNN, recusado ensaiar a dança e tinha mesmo dado a entender publicamente que não seria propriamente uma actuação especial. 

Foi "uma noite tão especial", disse Donald Trump antes de dançar, que não deixou de assinalar: houve "pessoas que não foram muito simpáticas para mim que disseram que fizemos um bom trabalho hoje. Odiaram fazê-lo, mas fizeram-no e eu respeito isso, respeito isso", citou o New York Times. Os Trump dançaram pela primeira vez no Liberty Ball, onde surgiram pouco depois da 21h30 (hora local), com os convidados do Freedom Ball a ver a primeira dança através de ecrãs gigantes. Mais tarde, o casal presidencial número 45 iria juntar-se ao Freedom Ball e, mais uma vez, dançaria ao som de Sinatra – que segundo o Times era, com alguns dos participantes no concerto da tomada de posse na quinta-feira, ligados sobretudo à country, uma espécie de banda sonora de clássicos da noite. Em ambos os espaços, o casal vice-presidencial, Mike e Karen Pence, juntar-se-ia a meio aos Trump na pista. 

O terceiro baile, um tributo às forças militares intitulado Salute to Our Armed Services Ball, decorria a alguns quarteirões de distância e recebeu Trump já pelas 23h, tendo o 45.º Presidente falado a uma audiência composta sobretudo por militares com humor. "Gosto de vocês por muitas razões. E também gosto do facto de todos terem votado em mim", disse, recebido por aplausos e risos. "Gosto muito mais deles do que dos media. Estas são pessoas muito mais simpáticas, e melhores", disse antes de voltar a dançar, desta feita já para uma outra cover, mas de I Will Always Love You, a balada de Dolly Parton celebrizada por Whitney Houston no filme O Guarda-costas, e de cortar um bolo de vários andares. Falou também com um contingente de tropas no Afeganistão, que lhe deram individualmente os parabéns, relata a CBS.

Ao longo da noite, Donald Trump foi repetindo várias promessas de "coisas a acontecer nas próximas semanas. Oh, vão ficar tão felizes", disse ao seu público. "Agora começa o trabalho, não há jogos certo? Não há jogos."

"Queremos tornar a América grande outra vez e vamos fazê-lo, vamos fazê-lo". E, numa referência a outro aspecto da sua persona pública, perguntou: "Devo manter a coisa do Twitter ou não?", interrogou retoricamente uma multidão entusiástica. "Os inimigos estão sempre a dizer 'Oh, isso é terrível' mas é uma maneira de ultrapassar os media desonestos", argumentou sobre o facto de comunicar profusamente através da rede social e de ter agora uma conta oficial, @POTUS, mas querer manter a sua conta pessoal.  

As actuações da noite foram então de nomes mais conhecidos em solo americano e de menor relevo do que anteriores bailes inaugurais – Beyoncé ou Alicia Keys actuaram na posse de Obama, em 2009, por exemplo (em que Michelle Obama usou um vestido do norte-americano Jason Wu), em contraste com as actuações da noite das Rockettes, do cantor country Tim Rushlow, dos irlandeses Riverdance e do jazz de Erin Boheme. Os bilhetes para alguns dos bailes custavam 50 dólares, assinala a CNN, para que os americanos médios que apoiaram Trump pudessem ter acesso aos eventos. No ano da primeira eleição do seu antecessor, Barack Obama, realizaram-se dez bailes inaugurais e em 2017 houve menos eventos periféricos alusivos à tomada de posse, assinala o USA Today.

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