Poupanças confiadas ao Estado não devem ultrapassar 25%

Deco Proteste deixa algumas balizas para aplicações em função do risco.

Foto
Certiticados do Tesouro podem ser indicados para poupanças até 20 mil euros ricardo campos

Numa altura em que os depósitos a prazo de capital garantido asseguram taxas de remuneração perto de zero ou menos, e em que o Estado está a diversificar a oferta de produtos para os particulares, António Ribeiro, especialista em temas de poupança da Deco Proteste, deixa algumas balizas para as aplicações em função do risco.

Qual é o nível de exposição prudente de um pequeno aforrador a produtos do Estado?

Exposição prudente a produtos de poupança do Estado é, no nosso entender, não aplicar mais de 25% das poupanças em dívida pública (Certificados de Aforro, Certificados do Tesouro e Obrigações do Tesouro, OTRV). Deverá diversificar os produtos de capital garantido, não havendo receitas únicas para um montante definido, porque há outros factores a ter em conta, como a idade da pessoa que está a fazer a poupança, o horizonte de investimento, o risco que está disposto a correr, as necessidades de liquidez e se já existem outras poupanças. Uma regra essencial é manter em activos de elevada liquidez [que possa ser mobilizado/levantado rapidamente] um montante a que chamamos de fundo de maneio, ou seja, o correspondente a seis salários (aproximadamente).

Que cuidados deve ter quem tem poupanças de 20 mil euros?

Nesse caso, a sugestão passa pela aplicação em depósitos, Certificados do Tesouro e até seguros de capitalização, de forma repartida. Eventualmente um PPR (seguro ou fundo, consoante a idade da pessoa).

E para poupanças entre 50 e 100 mil euros?

As sugestões para valores entre 50 mil e 100 mil euros não variam muito. Para o patamar de 100 mil euros já pode aplicar uma boa parte (por exemplo, metade do montante) numa carteira de fundos de investimento, desde que esteja disposto a investir por um período mínimo de cinco anos; e a outra metade em activos de capital garantido.

Sugerir correcção
Comentar