Acusação sobre ligação à Rússia leva a murros no Parlamento da Ucrânia

Reunião de líderes partidários marcada por agressão. Motivo: comentários sobre influência de Moscovo.

Foto
O deputado Iuri Boiko, deu um murro no colega, Oleh Liashko ALEX KUZMIN/Reuters

Dois líderes partidários envolveram-se esta segunda-feira numa escaramuça no Parlamento da Ucrânia. Um dos deputados, da oposição, não gostou que outro tivesse quesitonado uma viagem sua a Moscovo e o acusasse de ligações ao Kremlin, e questionasse porque não estava preso. A dada altura o visado pelos comentários, Iuri Boiko, saltou da cadeira para esmurrar o colega, Oleh Liashko.

Depois de separados, uma nova tirada de Liashko levou a uma segunda investida. A sessão voltou, no entanto, rapidamente ao normal.

Liasko, do populista Partido Radical, é conhecido pelas suas declarações inflamatórias, e não é a primeira vez que há violência física no Parlamento de Kiev.

O deputado que o agrediu faz parte de um bloco da oposição que junta o antigo Partido das Regiões, de Viktor Ianukovich, o líder pró-Moscovo que deixou o país após as grandes manifestações de 2014 para ir viver para a Rússia.

Enquanto isso, o Presidente da Ucrânia, Petro Poroschenko, afirmou-se “certo” de que os Estados Unidos continuarão a apoiar o país face à Rússia, dizendo que não pode “imaginar” que o Presidente eleito, Donald Trump, mude a posição de Washington face a Moscovo em relação à Ucrânia e à anexação da Crimeia por parte da Rússia.

Durante a campanha, Trump criticou a política do Presidente Barack Obama em relação a Moscovo.

“Nenhum país do mundo, salvo, parece-me, a Coreia do Norte e a Venezuela, reconhece a Crimeia [anexada pela Rússia]”, disse Poroschenko. “Os Estados Unidos não são a Coreia do Norte”.

Sugerir correcção
Comentar