Taxistas impedem saída de veículos alegadamente da Uber do aeroporto de Lisboa
Uma viatura de transporte de passageiros descaracterizada foi vandalizada quando passava pelos taxistas.
Os taxistas estão nesta segunda-feira a impedir a saída de veículos, supostamente da Uber, do aeroporto de Lisboa para a Segunda Circular, encontrando-se no local vários elementos do corpo de intervenção da PSP.
Os taxistas que estavam na rotunda do Relógio, em Lisboa, estão a regressar ao final da manhã, a pé, ao aeroporto (deixando as viaturas nas ruas), depois de, segundo um dos elementos da organização, a polícia ter assegurado que a Uber não iria fazer qualquer tipo de provocação.
Durante o avanço dos taxistas até à zona das partidas do aeroporto Humberto Delgado, uma viatura de transporte de passageiros descaracterizada foi vandalizada quando passava pelos profissionais, ficando com danos no vidro traseiro e amolgadelas nas portas laterais.
Os manifestantes atiraram pedras e garrafas contra o veículo e a polícia foi obrigada a proteger o carro e a conduzi-lo para trás do cordão de segurança do corpo especial da PSP, observou a Lusa no local.
Os ocupantes do carro foram obrigados a seguir a pé, enquanto o motorista escapava à fúria dos taxistas.
“Eles é que vocês protegem. Quando somos assaltados não aparece ninguém”, gritou um dos manifestantes para as dezenas de elementos da polícia que estão a bloquear o avanço dos taxistas para mais perto da entrada do aeroporto de Lisboa.
Os elementos da Equipa de Prevenção e Reacção Imediata (EPRI) da PSP estão a impedir a progressão dos manifestantes para junto à zona das partidas do aeroporto.
Os autocarros e os automóveis pessoais (que não fazem serviço de transporte) estão a ser deixados passar pelos manifestantes.
Os taxistas agendaram para hoje uma marcha lenta em Lisboa, quase seis meses depois de terem feito um protesto idêntico contra a plataforma Uber e que juntou centenas de carros na capital.
Os profissionais estão em luta contra a regulação, proposta pelo Governo, da actividade das plataformas de transportes de passageiros como a Uber ou a Cabify e tinham como destino a Assembleia da República.