Táxis: PCP diz que multinacionais não podem estar acima da lei

Foto
Os taxistas já estão nas ruas de Lisboa Enric Vives-Rubio

O deputado do PCP Bruno Dias, presente na concentração de táxis hoje em Lisboa, alertou que as multinacionais não podem estar acima da lei, referindo-se às plataformas de transporte de passageiros.

“O PCP tem estado solidário com esta luta dos taxistas contra as multinacionais, que não podem estar acima da lei. O PCP não é contra o transporte. O que achamos é que tem de haver regras iguais para todos”, disse à Lusa Bruno Dias, que esteve no Parque das Nações, de onde já arrancou o protesto dos motoristas em direcção à Assembleia da República, em Lisboa.

“Tem de haver regras iguais para todos. Não é justo que o sector do táxi esteja a sofrer há tanto tempo e que venha agora uma lei que não seja igual para todos”, sustentou o deputado comunista.

Os taxistas realizam hoje uma marcha lenta em Lisboa, quase seis meses depois de terem feito um protesto idêntico contra a plataforma Uber e que juntou centenas de carros na capital.

Em luta contra a regulação, proposta pelo Governo, da actividade das plataformas de transportes de passageiros como a Uber ou a Cabify, os organizadores prometem só arredar pé da Assembleia da República – onde termina a marcha lenta – quando o executivo travar aqueles serviços, que dizem não estar abrangidos pela lei.

As plataformas Uber e Cabify permitem pedir carros descaracterizados de transporte de passageiros através de uma aplicação para smartphones, mas estes operadores não têm de cumprir os mesmos requisitos – financeiros, de formação e de segurança – do que os táxis.

Cerca de seis mil táxis de todo o país são esperados pela organização do protesto, que começou às 7h com uma concentração no Parque das Nações e seguiu cerca das 9h em marcha lenta até à Assembleia da República.

Sugerir correcção
Ler 1 comentários