A Bulgária está a ponderar a hipótese de apresentar uma candidata ao mais alto cargo das Nações Unidas, uma decisão que anunciará esta segunda-feira.

Numa altura em que o candidato português António Guterres, antigo primeiro-ministro que foi ainda alto-comissário da ONU para os Refugiados, venceu já quatro votações entre os dez candidatos entretanto declarados, a última na semana passada, a incógnita sobre o que fará a Bulgária deixa mais dúvidas sobre quem poderá suceder ao actual detentor do cargo, o sul-coreano Ban Ki-moon.

A Bulgária já apresentou uma candidata à corrida, Irina Bokova, directora-geral da Unesco. Não é certo se a Bulgária teria de retirar esta candidatura para permitir a de Kristalina Georgieva. “De momento não há uma proposta oficial a ser entregue pelo Governo. Se houver, será entregue ao final do dia de segunda-feira”, disse a vice-primeira-ministra, Rumiana Bachvarova.

Georgieva é a comissária encarregada da gestão do orçamento da União face à planeada saída do Reino Unido.

O chefe de gabinete de Jean-Claude Juncker, Martin Selmayr, disse de Bruxelas, pelo Twitter, que a saída de Georgieva da comissão seria uma grande perda, mas a sua escolha para secretária-geral “iria fazer umas Nações Unidas fortes, muitos europeus orgulhosos, e seria um sinal forte para a igualdade de género”.

Já Ban Ki-moon tinha manifestado esperanças de ver uma mulher no cargo pela primeira vez.

O candidato escolhido tem de ser apoiado por todos os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança: Rússia, China, França, Reino Unido e Estados Unidos. Até agora, a votação tem envolvido os 15 países membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

 A quinta votação está marcada para 26 de Setembro, sendo concluída, então, esta fase de apreciação das candidaturas. Em Outubro, ainda em data não definida, decorre o primeiro escrutínio dos cinco países membros permanentes do Conselho de Segurança: China, França, Estados Unidos, Grã-Bretanha e Rússia.