“Enquanto o Governo estiver a recuperar rendimentos, aqui está o Bloco”

Catarina Martins diz que o Programa de Estabilidade não tem de ir a votos, porque o Governo não precisa de moções de confiança: “Não há razão nenhuma para pôr em causa a maioria parlamentar”.

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Catarina Martins afirmou que que as propostas apresentadas não contrariam o acordo assinado com o PS Nuno Ferreira Santos
O tom deixado pelo BE foi bastante diferente do usado pelo líder do PCP
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O tom deixado pelo BE foi bastante diferente do usado pelo líder do PCP Nuno Ferreira Santos
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Nuno Ferreira Santos
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O Bloco de Esquerda foi esta terça-feira a Belém garantir ao Presidente da República que o Programa de Estabilidade que na quarta-feira é discutido no Parlamento não belisca a maioria de esquerda que apoia o Governo no Parlamento. “Enquanto o Governo estiver a recuperar o rendimento do trabalho e a defender o Estado social, aqui está o Bloco de Esquerda”, afirmou Catarina Martins à saída da primeira audiência do partido com Marcelo Rebelo de Sousa.

O tom deixado pelo BE foi bastante diferente do usado pelo líder do PCP, de manhã. Se Jerónimo de Sousa foi claro ao dizer que “o PCP não apoia esse Programa de Estabilidade”, que tal como o Programa Nacional de Reformas diz ser “filho” do semestre europeu, Catarina Martins colocou todo o ónus da gravidade do documento em Bruxelas, aliviando o Governo.

“O Bloco de Esquerda contesta o semestre europeu”, um mecanismo que disse ter sido criado em 2010 “para impor aos países programas de austeridade de  forma a que fosse a despesa social e os rendimentos do trabalho a pagar a crise financeira”. “Serve para fazer chantagem sobre os países”, acrescentou.

Por contraste, lembrou também que o último Programa de Estabilidade discutido no país – há um ano, o último do Governo PSD/CDS – “impunha um corte de 600 milhões por ano na despesa da Segurança Social”. E afirmou que o BE “não discute as metas porque nunca ninguém as cumpriu”.

“Ao Bloco de Esquerda interessa discutir políticas concretas”, acrescentou Catarina Martins, frisando que as propostas apresentadas não contrariam o acordo assinado com o PS. “Há uma maioria parlamentar clara, não há razão nenhuma para a pôr em causa”, concluiu.

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