Miguel Relvas disposto a esclarecer a sua situação com o Banco Efisa

Manifestou disponibilidade para depoimento por escrito ao Parlamento

Foto
"A reavaliação que está a ser feita é a de podermos separar o trigo do joio", afirmou o ministro Nuno Ferreira Santos

O ex-ministro e antigo dirigente do PSD Miguel Relvas mostrou-se este dimingo disponível para esclarecer a eventual ligação ao banco Efisa aos deputados da Assembleia da República, pretendendo fazê-lo por escrito, segundo comunicação a que a Lusa teve acesso. <_o3a_p>

"Tal como poderá compreender-se, a minha disponibilidade encontra-se limitada pelo estrito conhecimento que tenho dos acontecimentos e pretendo fazê-lo por escrito. Acredito que é esta a forma que melhor contribui para que as paixões da política partidária não se sobreponham à razão da análise fria dos factos", lê-se na mensagem de Relvas à presidente da Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa (COFMA) do parlamento, a também social-democrata Teresa Leal Coelho.<_o3a_p>

A COFMA, por iniciativa do PS, tinha convocado para audiências o ex-ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares do Governo liderado por Passos Coelho e também a ex-secretária de Estado do Tesouro Isabel Castelo Branco por causa do processo de alienação do Efisa, banco de investimento do entretanto nacionalizado BPN.<_o3a_p>

Aquela comissão parlamentar tinha pedido o relatório sobre o negócio de venda do Efisa à Unidade Técnica de Acompanhamento e Monitorização do Sector Público Empresarial (UTAM), adiando outras diligências até à chegada daquele documento.<_o3a_p>

"Não sou actualmente accionista da Pivot, SGPS", assegura contudo Miguel Relvas na missiva, embora admita ser sua "intenção considerar essa hipótese, facto natural e decorrente do âmbito da actividade empresarial privada" começada "depois de ter abandonado funções de serviço público".<_o3a_p>

O PS tinha requerido a presença do antigo conselheiro nacional do PSD perante a COFMA devido a notícias que o deram como accionista da sociedade que comprou o Efisa (Pivot), enquanto Isabel Castelo Branco foi quem autorizou a recapitalização pública da entidade num total de 90 milhões de euros.<_o3a_p>

Miguel Relvas pede também à COFMA para ter acesso ao relatório elaborado pela UTAM, pois "o recurso a fontes originárias é sempre mais útil e completo do que a leitura de notícias avulsas, algumas delas confusas e até com um certo tom sensacionalista", segundo o próprio. <_o3a_p>

O Efisa foi adquirido pela sociedade Pivot por cerca de 38 milhões de euros, segundo algumas notícias, mas o texto do pedido do grupo parlamentar do PS fala num montante de 32 milhões.<_o3a_p>

Em Julho passado, a Parparticipadas anunciou ter chegado a acordo para a venda da totalidade do capital do Banco Efisa à Pivot SGPS, cujos accionistas são "entidades portuguesas e estrangeiras". A Pivot era um dos oito candidatos à compra daquela instituição.<_o3a_p>

Sugerir correcção
Comentar