Marcelo diz que ainda lhe falta completar a equipa e preparar discursos

Presidente da República eleito esteve no Porto onde assistiu às provas de doutoramento de Diogo Feio, cuja tese orientou.

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Marcelo assistiu ao doutoramento de Diogo Feio, cuja tese orientou Nelson Garrido

A prova de doutoramento do ex-deputado europeu, Diogo Feio, esta sexta-feira, na Faculdade de Direito da Universidade do Porto foi o último acto não oficial de Marcelo Rebelo de Sousa antes de tomar posse como Presidente da República, na próxima quarta-feira. 

Em declarações aos jornalistas, logo a seguir ao júri ter anunciado que Diogo Feio fora aprovado com distinção, o Presidente eleito assumiu que a tomada de posse, na próxima semana, passa pelo Porto para mostrar que “Portugal é mais do que Lisboa”.

Ainda sem tempo para ter saudades da vida académica, mas  manifestando o seu empenho em “trabalhar, trabalhar, trabalhar” até ao dia da tomada de posse  - e ainda tem de ultimar a equipa e escrever os discursos -, Marcelo justificou por que razão quer estender a tomada de posse ao Porto, onde estará na próxima sexta-feira. “Portugal é mais do que Lisboa e, portanto, o símbolo da vinda ao Porto é esse mesmo, é querer dizer que, depois da posse formal em Lisboa perante a Assembleia da República, há um prolongamento e esse prolongamento, não podendo ser em todo o país, é simbolicamente aqui no Porto", declarou.

O Presidente da República eleito quer estreitar o fosso que actualmente separa os jovens da política e sensibilizá-los para a importância da eleição do mais alto magistrado da Nação. E sobre o facto de a tomada de posse incluir um programa de concertos que vai de Mariza a Anselmo Ralph, o antigo comentador político explicou que tem por objectivo "mostrar que os jovens têm de estar ligados à realidade política e perceber a importância da eleição de um Presidente da República e do início de um mandato".

"Tem-se dito tantas vezes que os jovens andam longe da política - o que muitas vezes é verdade - e uma maneira entre outras de fazer lembrar que um dia que é importante para a vida política de um país é ter jovens à noite, neste caso é num concerto, podia ser noutra actividade cultural qualquer", acrescentou Marcelo.

Revelando que tem ainda muitas coisas para fazer nos próximos dias como "completar a equipa" e "preparar outros discursos" para além do de quarta-feira, o Presidente eleito revelou que até lá vai "trabalhar, trabalhar, trabalhar".

Muitas caras conhecidas da vida política (na sua maioria do CDS) e do mundo académico assistiram às provas de doutoramento. Paulo Núncio, Teresa Caeiro, João Porto, Marcelo Mendes Pinto, Nuno Melo, Raul Almeida e Paulo Mota Pinto eram algumas das personalidades que marcaram presença. O gestor e comentador político António Lobo Xavier também compareceu para dar um abraço ao seu amigo e correligionário de partido, Diogo Feio, mas não assistiu às provas.

Marcelo Rebelo de Sousa foi o orientador durante quatro anos da tese de doutoramento a que Diogo Feio deu o nome de Uma História Interminável. Entre a União Europeia e a União Económica e Monetária: O Governo, o Orçamento e os Impostos. O director da Faculdade de Direito da Universidade do Porto, Pestana de Vasconcelos, presidiu ao júri, que era constituído por Rui Moura Ramos, Manuel Porto, Rui Duarte Morais, Luís Filipe Colaço e Marta Ribeiro.

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