A polícia queniana interrogou vários passageiros do avião da Air France, proveniente da Ilha Maurícia e com destino a Paris, que na madrugada deste domingo fez uma aterragem de emergência em Mombasa, Quénia, depois da descoberta de um pacote suspeito a bordo. Afinal, foi um “falso alarme”.

A embalagem era composta por “um conjunto de caixas de cartão e uma espécie de cronómetro”, disse mais tarde o presidente executivo da transportadora, Frédéric Gagey, numa conferência de imprensa.

O voo AF 463, com 459 passageiros e 14 membros da tripulação a bordo, tinha deixado a ilha Maurícia às 21h locais e devia aterrar em Paris (no aeroporto de Charles de Gaulle) às 5h50 locais (4h50 em Portugal continental).

Mas aterrou no aeroporto internacional Moi, de Mobassa, na costa do Quénia, às 0h37 locais. "Foi pedida uma aterragem de emergência depois de um dispositivo suspeito de ter uma bomba ter sido descoberto na casa de banho. Uma aterragem de emergência foi preparada, o avião aterrou sem problemas e os passageiros foram retirados", disse Charles Owino, porta-voz da polícia.

"Especialistas em explosivos da Marinha e do departamento de investigações criminosas da polícia foram chamados, e levaram o dispositivo para o desmontar e verificar se contém explosivos", acrescentou.

O ministro queniano do Interior, Joseph Nkaissery, disse que a polícia questionou vários passageiros do voo sobre o objecto que foi encontrado e sublinhou que a investigação continua em curso. Adiantou, ainda, que já foi estabelecido contacto com as autoridades das Maurícias para saber se tem havido controlo dos passageiros antes de embarcarem. 

Ao fim da manhã o avião foi retirado da pista e o tráfego normal do aeroporto foi retomado.

Os passageiros foram instalados num hotel e estava previsto seguirem ainda este domingo para Paris.