Alemanha e UE querem novo imposto para financiar apoio aos refugiados

Este sistema é inspirado no modelo de apoio criado pelos alemães ocidentais para ajudar os de Leste depois da reunificação da Alemanha, em 1990.

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Grupo de refugiados que chegou na sexta-feira à ilha grega de Lesbos DIMITAR DILKOFF/AFP

O Governo alemão e a Comissão Europeia iniciaram discussões para a criação de um imposto europeu excepcional para o financiamento da gestão da crise dos refugiados, noticia hoje o jornal alemão Süddeutsche Zeitung.

Esta semana, à margem da reunião da assembleia geral do Fundo Monetário Internacional (FMI) - Banco Mundial, Berlim e Bruxelas propuseram o aumento dos recursos orçamentais europeus através da criação de um imposto especial, que poderá assumir a forma de uma sobretaxa sobre o combustível ou o IVA, revela o jornal na sua página na Internet.

Este sistema é inspirado no modelo de apoio "Soli-Zuschlag" criado pelos alemães ocidentais para ajudar os de Leste depois da reunificação da Alemanha, em 1990.

Berlim e Bruxelas procuram novas fontes de receita para pôr em prática medidas que visam conter o fluxo de entradas na Europa, diz o Süddeutsche Zeitung.

Os montantes assim recolhidos poderiam ser entregues a países como Espanha, Itália, Bulgária e Grécia para melhor proteger as suas fronteiras ou ser utilizados fora da Europa para melhorar as condições de atendimento dos refugiados nos países "seguros" da periferia da União Europeia e as condições de vida nos seus países de origem, segundo o jornal.

A UE comprometeu-se na quinta-feira a prestar mais apoio aos países de trânsito nos Balcãs e aos vizinhos da Síria afectados pelo êxodo de refugiados para a Europa.

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