Duelo no crepúsculo

Foi tudo num lugar simbólico, dito museu, na Central Tejo, a das companhias reunidas, do bloqueio central e das aliadas televisões de sinal aberto, que usam e abusam do economês e do financês, sem o adequado primado da política.

E o debate, anunciado quase como um clássico do jogo pelo título, apenas confirmou que vai haver play off, porque ambos sabem que vencer talvez signifique ser vencido. Porque a maioria dos que ansiavam ser mobilizados estão fartos de políticos generalistas que fingem poder se chamados para subsecretários das finanças e da segurança social e nos tratam como crianças. 

Um quis beneficiar do velho estatuto de ser o Deus que está no poder, o outro não se assumiu como o Diabo da oposição. Mas nem um foi suficientemente pós-cavaquista, nem o outro, eminentemente pós-socrático.

O transmontano continuou teimoso no seu argumentário de experimentado federador dos grupos de interesse e de pressão, mas sem poder medir quantos votos perdeu por causa da campanha contra os reformados e pensionistas, a geração grisalha, os mangas de alpaca e outras corporações dos grandes corpos do Estado.

Já o alfacinha, sabendo que não pode ser unificador da esquerda, em regime de frente popular, demonstrou que os duelos depois do crepúsculo do regime do rotativismo quase devorista, ainda não trouxeram sinais de movimentação regeneradora. 

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