CGTP acusa Governo de cometer um "crime" na privatização da TAP

Arménio Carlos, secretário-geral da central sindical, considera o processo "desastroso".

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Arménio Carlos espera que Cavaco Silva não promulgue os documentos Foto: Nuno Ferreira Santos

O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, acusou esta sexta-feira o Governo de tentar justificar o injustificável e acusou o executivo de estar a cometer um crime ao privatizar a TAP.

"A conferência de imprensa do secretário de Estado dos Transportes foi mais um episódio da novela da privatização da TAP em que o Governo pretende justificar o injustificável", disse o sindicalista à agência Lusa. O secretário de Estado dos Transportes anunciou em conferência de imprensa que foram entregues três propostas para a compra da TAP mas não revelou o nome dos interessados.

Arménio Carlos reafirmou que a TAP não deve ser privatizada, devido à sua importância estratégica para o país, e considerou que o processo é "demasiado opaco". "Este processo é interessante para os privados mas desastroso para a TAP e para o país", disse.

O sindicalista considerou ainda que o Governo está a tentar passar a ideia de que o processo está fechado e lembrou tentativas anteriores de privatização da TAP que "foram travadas pela luta dos trabalhadores". "Estamos convictos que desta vez os trabalhadores também saberão lutar contra este crime contra a economia portuguesa", afirmou.

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