Google deixa de vender Glass para continuar a desenvolver o produto

Equipa vai responder ao antigo responsável pelo iPod.

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Os Google Glass estão equipados com uma câmara Reuters

O Google deixou de vender os seus óculos de realidade aumentada, os Google Glass. A empresa diz que é um passo em frente e que a ideia vai agora deixar os laboratórios para poder continuar a ser desenvolvida. Mas a decisão também está a ser interpretada como o reconhecimento de que os óculos não estavam prontos para chegar aos consumidores.

Os Glass, que têm um pequeno ecrã, câmara e capacidade de ligação à Internet, podiam ser comprados por 1500 dólares por quem quisesse experimentar o aparelho e desenvolver aplicações. Em Portugal, o Instituto Superior Técnico tinha lançado um programa para permitir o acesso aos Glass a pessoas ou instituições interessadas em criar aplicações.

"Depois de quase dois anos, e de uma quantidade incrível de respostas úteis sobre o que funciona e o que precisa de ser melhor, estamos a fechar o programa [de venda dos óculos] para nos concentrarmos nas versões futuras do Glass", explicou o Google, num comunicado.

Para além de piadas várias, os óculos deram também origem a preocupações relacionadas com a privacidade, já que era possível aos utilizadores captarem imagens sem que as outras pessoas se apercebessem, contrariamente ao que acontece com um telemóvel ou uma máquina fotográfica. Nos EUA, alguns locais públicos, como bares e restaurantes, proibiram o uso do dispositivo.

A equipa responsável pelos óculos ficará agora sob a alçada do executivo Tony Fadell, que dirige a Nest, uma empresa que o Google comprou há um ano e que faz termóstatos e detectores de fumo inteligentes. Fadell é também conhecido por ter sido o executivo da Apple responsável pelo bem-sucedido iPod.

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