Três simulacros de possíveis casos de ébola, em Lisboa e no Porto, vão pôr à prova a resposta portuguesa a esta infecção na sexta-feira e no sábado, foi anunciado segunda-feira numa reunião da Plataforma de Resposta à Doença por Vírus Ébola, que decorreu na Direcção-Geral da Saúde (DGS), na presença do ministro da Saúde, Paulo Macedo.

Os dois primeiros casos serão o de uma mulher com 28 anos que esteve há uma semana na Guiné-Conacri e tem febre; e um homem de 36 anos, que regressou da Serra Leoa e queixa-se de febre e cefaleias. A mulher dirigir-se-á ao seu centro de saúde e a seguir será transferida, pelo INEM, para o hospital de referência em Lisboa (Curry Cabral). O homem será transportado, após ter ligado para Linha Saúde 24, para o hospital de referência no Porto (São João).
Em ambos os casos, amostras do sangue destes supostos doentes serão analisadas no Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), revelando uma infeção pelo vírus do ébola.
O terceiro caso, a simular no sábado, será o de uma figura pública que chegará às 6h00 ao aeroporto de Lisboa, vinda da Libéria, queixando-se de febre, cefaleias, dores abdominais e musculares. A doente será transportada pelo INEM para o Hospital Curry Cabral, mas neste caso, as análises revelarão que se trata de um caso de dengue.
Os simulacros vão ser avaliados por peritos nacionais e por representantes do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC).
A DGS anunciou ainda o lançamento de um site com informação sobre o vírus do Ébola, acessível desde segunda-feira em www.ebola.dgs.pt. Pelo seu lado, Paulo Macedo disse à agência Lusa ter obtido luz verde do Conselho de Ministros para um eventual reforço do orçamento da saúde devido ao ébola.