Poiares Maduro garante que redução da carga fiscal é “posição comum” do Governo

Ministro-adjunto recusa falar em divergências entre os partidos da coligação e diz que se trata de “especulação” relacionadas com “diferenças de tonalidade e de ênfase”.

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Ministro Poiares Maduro não respondeu ao CDS sobre a fusão de municípios Enric Vives-Rubio

O ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro, garantiu esta segunda-feira que o governo tem uma “posição comum” em matéria de impostos e afastou divergências de fundo entre os partidos que formam o executivo.

“Se eu disser - como é posição do Governo - que todos nós reconhecemos que a carga fiscal é elevada, que gostaríamos de a diminuir, mas que isso depende da margem que tivermos em termos orçamentais; não é diferente de dizer exactamente o mesmo, começando pela referência a que temos condicionalismos orçamentais e que será dentro desses condicionalismos que iremos procurar margem para procurar reduzir os impostos”, precisou, à saída da reunião da Comissão Permanente de Concertação Social, onde apresentou aos parceiros o próximo pacote de fundos estruturais no valor de 25 mil milhões de euros.

Poiares Maduro recusou-se a falar em divergências entre PSD e CDS, dizendo que se trata de “especulação” em torno de “questões de diferenças de tonalidade e de ênfase”.

O ministro reforçou que as declarações de Pedro Passos Coelho, lembrando que a redução da carga fiscal “dependerá da margem orçamental que tivermos e isso só poderemos saber quando tivermos todos os números sobre a mesa”.<_o3a_p>

“É isso que o Governo irá decidir, no seu todo, em Conselho de Ministros, no âmbito do Orçamento do Estado [para 2015]”, rematou, evitando falar em tensões dentro do executivo sobre a matéria.<_o3a_p>

Também esta segunda-feira, a ministra das Finanças afirmou, de acordo com a Lusa, que Portugal realizou um "ajustamento importante", mas que "a dívida pública continua em níveis muito elevados", destacando que "é esse o enquadramento" em que o Governo vai apresentar a proposta de orçamento para 2015.

"Não obstante o caminho já percorrido, a dívida pública mantém-se em níveis muito elevados e exige a continuidade do ajustamento", afirmou Maria Luís Albuquerque no XXIV Encontro de Lisboa entre os Bancos Centrais dos Países de Língua Portuguesa, citada pela Lusa, acrescentando que "é este o enquadramento da proposta de Orçamento do Estado que o Governo apresentará ao Parlamento já na próxima semana".

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