A alemã RWE vai vender o seu negócio de petróleo e gás por 5100 milhões de euros ao grupo russo LetterOne Group que, segundo o Financial Times, é detido pelo grupo russo Alfa, do milionário Mikhail Fridman.

No início do mês a RWE, a segunda maior utility alemã por valor de mercado, anunciou prejuízos de 2800 milhões de euros referentes a 2013. Tratou-se do primeiro resultado negativo da companhia em 60 anos de existência.

A alienação de activos faz parte da estratégia da empresa para melhorar a sua situação financeira e a venda da DEA insere-se também num processo de reforço da actividade de produção e venda de electricidade.

A DEA opera na Alemanha, no Mar do Norte, na costa da Noruega e no Egipto, além de vários projectos no Norte de África, em 2013 viu o resultado operacional cair 24% para 521 milhões de euros (o que representa cerca de 9% do resultado operacional total da RWE). A empresa justificou a evolução pelo facto de os preços do petróleo estarem mais baratos face ao ano anterior. Para 2014, a previsão é que o resultado operacional da DEA cresça para um valor entre 600 a 650 milhões de euros, suportado por um aumento de produção de gás e petróleo.

“Com este acordo damos mais um passo no processo de realinhamento estratégico do grupo. Adicionalmente, é um contributo importante para reforçarmos a nossa solidez financeira”, afirmou Peter Terium, o presidente executivo da RWE, no comunicado de domingo, citado pelo Financial Times. O gestor saudou também a intenção do LetterOne Group de fazer da DEA a sua principal unidade de investimentos no sector do gás e do petróleo.

O LetterOne Group, que tem sede no Luxemburgo e é um veículo detido por Mikhail Fridman, um dos homens mais ricos da Rússia, anunciou que a compra da DEA “é um marco estratégico” da entrada do grupo no sector do petróleo e gás.