Sociais democratas vencem eleições na República Checa

Resultado obriga à negociação de um Governo de coligação.

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Sobotka admitiu que negociações para formar Governo serão difíceis REUTERS/David W Cerny

A contagem dos votos das eleições legislativas antecipadas da República Checa não resultou numa clarificação da situação política no país. Os sociais-democratas, que terminaram na frente com 22% dos votos, já admitiram que as negociações para a formação de um Governo de coligação vão ser difíceis.

“Não foi o desfecho que esperávamos, mas estamos preparados para levar a cabo esta difícil tarefa de tentar formar um executivo razoável e estável. Com a Câmara de Representantes tão fragmentada, a negociação vai ser dura”, declarou o líder social-democrata, Bohuslav Sobotka, numa primeira reacção aos resultados.

O partido (CSSD, centro-esquerda) ambicionava chegar à fasquia dos 30% que lhe permitiria governar sozinho.

O ex-ministro das Finanças manifestou disponibilidade para negociar com todos os partidos políticos excepto as duas forças de centro-direita que constituíram o anterior Governo, que colapsou em Junho na sequência de um escândalo de corrupção que envolveu o primeiro-ministro Petr Necas. Desde então o país foi dirigido de forma interina por um governo de tecnocratas.

A possibilidade de um acordo de coligação com Sobotka foi imediatamente rejeitada pelo empresário milionário Andrej Babis, o líder do novo movimento “Aliança dos Cidadãos Descontentes” (ANO), que com 19% foi o segundo mais votado.

O Partido Comunista da Boémia e da Morávia obteve 16% e poderá ser chamado a constituir a base de apoio parlamentar de um Governo minoritário se Bohuslav Sobotka não conseguir desenhar uma coligação.

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