Governo defende mais formação especializada dos jovens

Secretário de Estado do Emprego defendeu aposta num modelo que concilia o conhecimento académico com a aprendizagem especializada no local de trabalho.

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Pedro Roque, o novo secretário de Estado do Emprego Enric Vives-Rubio

O secretário de Estado do Emprego, Pedro Roque, disse esta sexta-feira que, face aos níveis históricos de desemprego, “é fundamental” que os jovens tenham formação especializada para competir no mercado de trabalho nacional, europeu e até global.

Pedro Roque falava nas instalações da Bosch, em Cacia, na entrega de diplomas aos formandos do curso de Especialização Tecnológica em Tecnologia Mecatrónica, no que foi a sua primeira intervenção pública como secretário de Estado.

“Nesta altura em que o país e a Europa atravessam esta recessão, em que o desemprego tem aumentado e atinge níveis históricos no país, é importante que cada vez mais os jovens possam ter uma formação especializada de alta qualidade, que lhes permita competir no mercado de trabalho, seja a nível nacional, da União Europeia, e até a nível global”, afirmou.

O secretário de Estado reafirmou a aposta do Governo no crescimento do modelo ‘dual’ [duas vertentes], que concilia o conhecimento académico com a aprendizagem especializada no local de trabalho, pelo resultado “muito prático e efectivo, ao nível da empregabilidade”.

Pedro Roque, para quem tal sistema não pode continuar a ser visto “como de segunda classe”, proporciona ainda uma aproximação dos jovens às empresas, que “têm aí um campo de recrutamento de mão-de-obra qualificada” a que podem recorrer.

“É aposta do Governo fomentar cada vez mais este modelo de aprendizagem ‘dual’. Em 2012 ultrapassou-se o objectivo dos 30 mil jovens formados neste sistema, para até 2015 chegarmos aos 50 mil jovens, de acordo com o nosso plano e no ano 2020 chegar a 100 mil jovens”, quantificou.

Pedro Roque elogiou as empresas que se associaram à academia de formação ATEC para o curso cujos diplomas foram hoje entregues: Bosch, Portucel, Oliveira e Irmão, Gametal, Grohe, Renault Cacia, Mahle e Faurecia, com o apoio da Câmara do Comércio e Indústria Luso Alemã, da Autoeuropa e da Siemens.

Sobre a empresa anfitriã disse ser “uma fábrica de referência” numa região “focada para o desenvolvimento industrial como é a região de Aveiro” e manifestou o reconhecimento pelo trabalho que a Bosch tem feito, “não só em termos de empregabilidade, mas também pelo contributo para a economia, como um dos principais exportadores nacionais”.

João Paulo Oliveira, presidente da Bosch Portugal salientou que “uma das pedras basilares do sucesso do Grupo Bosch foi, desde sempre, a consciência da importância dos seus recursos humanos”.

Em Aveiro, a Bosch recebe anualmente vários alunos de universidades e escolas profissionais de diferentes áreas de formação, a quem procura transmitir a cultura do grupo e, “sempre que possível, abrir-lhes novas oportunidades”.

De acordo com os dados da empresa, anualmente a Bosch forma cerca de seis mil aprendizes.
 
 

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