Consumidores usam cada vez mais descontos em cartão e talão

Volume de descontos concedidos nas lojas da Sonae aumentou 29% o ano passado, atingindo os 425 milhões de euros.

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Desde que a crise financeira e económica estalou, as promoções têm sido a estratégia usada pelo comércio para garantir volume de vendas. Nos últimos anos, as campanhas de descontos intensificaram-se para tentar contornar a quebra de consumo que afecta não só os bens não essenciais, como electrodomésticos ou o entretenimento. O Pingo Doce, da Jerónimo Martins, mudou a sua estratégia comercial e começou a apostar em promoções desde Maio do ano passado. Outros operadores como o Intermarché assumiram os descontos como eixo fundamental para atrair e manter clientes.

Os dados mais recentes divulgados pela Associação Portuguesa das Empresas da Distribuição (APED), reflectem o travão no consumo. Nos primeiros nove meses de 2012 as vendas caíram 2%, para 15,5 mil milhões de euros.

Os portugueses estão a cortar no que podem. Em vez de carne de vaca, compram frango, em vez de frango compram charcutaria e vão, assim, reduzindo o leque de opções. Ao mesmo tempo, optam cada vez mais por marcas da distribuição: a presença destes produtos na despensa das famílias subiu de 36% para 37% do segundo para o terceiro trimestre do ano passado, de acordo com a APED.

 

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