A banda sonora de Obama para a tomada de posse: de Stevie Wonder a “Glee”

A cerimónia de tomada de posse é na segunda-feira e Obama divulgou no Spotify a compilação que gostaria que servisse de banda sonora ao início do seu segundo mandato. A julgar pelos títulos das canções, quer que seja um de esperança e persistência

As festas começaram no sábado, mas a música e os bailes continuarão até depois de tomada de posse, segunda-feira, em Washington. Todos os incluídos na compilação, de Ray Charles a James Taylor, de Beyoncé a Kelly Clarkson, participaram ou participarão nos acontecimentos. Corre o rumor que Lady Gaga possa suceder a Jay-Z enquanto estrela do baile para o "staff" de Obama, marcado para terça-feira.

A festa para a tomada de posse de Obama já começou e sábado Katy Perry e Usher foram as estrelas convocadas para dar música ao concerto em Washington dedicado aos filhos de militares americanos. Foi apenas um dos muitos concertos e das muitas festas que se prolongarão até à tomada de posse segunda-feira (e que continuarão na própria cerimónia). Para nos orientarmos entre toda a música disponível, Obama, provavelmente o Presidente americano mais questionado quanto à música que ouve, divulgou há dias a sua compilação para a inauguração. Inclui Stevie Wonder, Beyoncé, James Taylor, Alicia Keys ou o elenco de "Glee" a interpretar Lady Gaga e foi disponibilizado no Spotify.

A julgar pelos títulos das canções escolhidas, o novo mandato iniciar-se-á sob o signo da esperança e perseverança ("Carry on", "New day", "Higher and Higher" ou "Future"). Uma mudança em relação em início da campanha para a reeleição o ano passado, quando Obama lançou uma compilação de 28 canções mais viradas, escreve a Time, para a música "alternativa/folk", referindo duas das escolhas, "Tonight's the kind of night", de Noah and the Whale, e "You've got the love", de Florence + The Machine.

As celebrações da tomada de posse serão, tendo em conta o número de bailes oficiais (dois), as mais humildes desde as de Einsenhower em 1953, assegura o tablóide USA Today. Ainda assim, é certo que os 17 nomes incluídos na compilação de Obama farão parte dela. Na cerimónia de segunda-feira, Beyoncé voltará a marcar presença, tal como em 2008, desta vez interpretando o hino americano. Kelly Clarkson, transformada em estrela pop depois de vencer em 2002 o concurso American Idol, cantará "My country tis of thee", um dos hinos dos Estados Unidos até à adopção de "Star spangled banner", e o veterano James Taylor dará voz a "America the beautiful".

Em Outubro de 2012, em plena campanha eleitoral, Obama voltou a mostrar, em entrevista radiofónica, a música que guarda no seu iPod. O seu gosto pela soul clássica, em especial Stevie Wonder e James Brown, a par de lendas do jazz como Miles Davis ou John Coltrane, do rock de Bruce Springsteen e do hip hop de Jay-Z ou Eminem eram já conhecidos. Na entrevista, o presidente melómano deu um conselho para a, digamos, boa fruição musical: “Tem que se misturar os estilos” e, depois, a escolha depende “do estado de espírito”. A compilação que organizou vai de encontro a esta ideia – e à abrangência indispensável para que ninguém se sinta excluído. Ou seja, há soul e nu soul com Stevie Wonder, Alicia Keys ou John Legend. Há música latina (Marc Antony), r&b (Usher), pop (Katy Perry, Kelly Clarkson), country (Brad Pailsey), rock (fun.), boys band (Mindless Behavior), cantautores (James Taylor), clássicos absolutos (Smokey Robinson) e fenómenos televisivos (o elenco de "Glee").

Entretanto Lady Gaga, que surge na compilação por interposta pessoa, na interpretação que os actores de "Glee" fazem da sua "Edge of glory", poderá ser a estrela do baile organizado para o "staff" de Obama, marcado para terça-feira, sucedendo a Jay Z, que em 2008 adaptou a letra do seu "99 problems" ao momento: "I've got 99 problems, but George W. Bush ain't one". Não há ainda confirmação quanto à presença da cantora de "Born this way", mas a imprensa americana dá viva voz ao rumor. Certo é que Obama, o presidente, criou a lista de canções que gostaria que os americanos ouvissem no momento em que inicia o segundo mandato. Deixamo-la aqui:

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