Grécia terá mais tempo para cumprir plano da troika

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Yannis Stournaras Foto: Miguel Madeira

O Governo grego chegou a acordo com a missão da troika para estender o prazo de cumprimento do programa de ajustamento económico e financeiro, anunciou esta quarta-feira o ministro das Finanças, Yannis Stournaras. O presidente do BCE alerta, porém, que a avaliação ainda não terminou.

A confirmação foi dada no Parlamento, depois de meses de negociações entre o Executivo e a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu (BCE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre novos cortes orçamentais de 13,5 mil milhões de euros para dois anos.

O ministro das Finanças anunciou ter concluído as negociações sobre a natureza das medidas de contenção e que, nesse quadro, o Governo conseguiu um adiamento do prazo das metas orçamentais.

O Governo grego defendeu junto da troikauma extensão do dois anos, para que o ajustamento termine em 2016, em vez de 2014, como se previa até agora.

O novo limite não foi referido por Yannis Stournaras, mas o horizonte proposto pelo Governo grego pressupunha um adiamento do objectivo do défice para menos de 3% em 2016, com um ajustamento anual de défice público de 1,5%.

O presidente do BCE, Mario Draghi, já veio, no entanto, sublinhar que o processo de avaliação do programa grego ainda não chegou ao fim.

O mesmo lembrara esta manhã o alemão Jörg Asmussen, membro da Comissão Executiva do BCE, desmentindo haver um acordo para dar à Grécia mais dois anos para esta cumprir o programa.

Segundo a AFP, o Ministério grego das Finanças quer apresentar o acordo na próxima semana no Parlamento, para permitir a sua adopção antes de os ministros das Finanças da zona euro se reunirem a 12 de Novembro. A sua apresentação no Parlamento está, porém, dependente de luz ver dos três partidos da coligação governamental.

Um acordo sobre o plano de ajustamento era uma exigência dos credores internacionais para a Grécia continuar a receber financiamento externo. A aprovação da próxima tranche do financiamento (31,5 mil milhões de euros) dependerá ainda de luz verde formal dos ministros das Finanças europeus e por parte do FMI.

Notícia actualizada às 15h33

Acrescenta as referências a Mario Draghi e Jörg Asmussen.


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