Twitter forçado a identificar quem ameaçou atacar no show de Mike Tyson

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Tyson na estreia do espectáculo, com Spike Lee (à direita) Foto: Keith Bedford/Reuters

A polícia de Nova Iorque intimou a rede de microblogging Twitter a fornecer os dados de um utilizador que ameaçou levar a cabo uma matança ao estilo da que ocorreu recentemente num cinema de Aurora, no Colorado, durante um espectáculo da Broadway protagonizado pelo ex-pugilista Mike Tyson.

O Twitter recusou-se inicialmente a fornecer os dados do utilizador, alegando que as ameaças em questão não pareciam recair nos parâmetros necessários a uma divulgação de emergência, mas finalmente acabou por aceitar e colaborar com a polícia, adiantou a agência Associated Press.

As ameaças no Twitter começaram no final de Julho e prolongaram-se até ao início deste mês. Em várias mensagens publicadas no Twitter, um utilizador que dá pelo nome de “Anonymous Celebrity” e que escreve sob o username @ObamasMistress ameaçava levar a cabo em Nova Iorque um massacre semelhante ao ocorrido em Aurora.

“Yo, estou a falar a sério, as pessoas vão morrer, tal e qual como em Aurora” e “Talvez eu ataque este teatro em Nova Iorque. Eu sei que eles deixam as portas de emergência destrancadas. Só preciso de planear a coisa passo a passo” foram duas das mensagens publicadas.

Uns dias depois, a 3 de Agosto, a mesma pessoa escreveu: “Agora mesmo estou na Florida mas isso [o ataque] vai mesmo acontecer, eu prometo, estou só a acabar a minha lista de alvos a abater”.

O utilizador tinha como alvo o espectáculo “Undisputed Truth”, protagonizado pelo ex-pugilista Mike Tyson, em cena no Longacre Theater, na Broadway. Desde que estreou, na passada quinta-feira, o espectáculo tem estado sujeito a um forte dispositivo policial.

Sabe-se que o mesmo utilizador já fez, no passado, ameaças a outras celebridades.

“Levámos a ameaça muito a sério, especialmente tendo em conta os recentes eventos nos estados do Wisconsin (o ataque ao tempo sikh, que provocou seis mortos) e do Colorado (o ataque contra um cinema que fez 12 mortos)”, indicou aos media americanos o agente de polícia Paul Browne.

Sabe-se que a polícia continua a investigar estas ameaças.

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