Detectada fuga de 12 toneladas de água radioactiva em Fukushima

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As autoridades decretaram uma zona de exclusão num raio de 20 quilómetros em redor da central Kyodo/Reuters

Os funcionários da central nuclear de Fukushima, no Japão, detectaram nesta quinta-feira de manhã uma fuga de cerca de 12 toneladas de água radioactiva, que terá chegado ao mar.

A fuga foi detectada numa conduta ligada a um tanque com água radioactiva. É aqui que se faz a descontaminação da água usada para arrefecer os reactores. Este líquido, muito radioactivo depois de passar por um reactor, é descontaminado naquele tanque e normalmente volta a ser injectado no sistema de arrefecimento.

Mas agora, algo não está a funcionar bem. “Os nossos responsáveis confirmaram que a água que faz o arrefecimento escapou de uma das condutas”, explicou um porta-voz da Tepco (Tokyo Electric Power Company), que gere a central de Fukushima. Parte da fuga de água, com elevados níveis de estrôncio radioactivo, terá chegado ao mar, admitiu.

Segundo a estação nipónica NHK, os funcionários da central fecharam as válvulas do sistema e o circuito da água parou meia hora depois.

A fuga já terá sido reparada e de momento a Tepco procura saber qual a quantidade exacta de água derramada no Oceano Pacífico, através de uma fossa.

Esta não é a primeira vez que isto acontece. A 26 de Março, cerca de 120 toneladas de água radioactiva escaparam do sistema de descontaminação e 80 litros terá chegado ao mar.

Em Dezembro, o Governo japonês anunciou que a temperatura no interior dos vasos de contenção dos reactores estava abaixo dos 100ºC. Esta foi uma boa notícia que prova a estabilização da central, depois do acidente causado por um tsunami a 11 de Março de 2011.

Fukushima foi o pior desastre nuclear desde Tchernobil, na Ucrânia, em 1986. Milhares de pessoas foram obrigadas a sair das suas casas por razões de saúde e foi decretada uma zona de exclusão num raio de 20 quilómetros em redor da central. A radioactividade contamina os solos da região.

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