Jerónimo Martins abre primeiros supermercados na Colômbia no 4º trimestre

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Alexandre Soares dos Santos deixa o cargo a 1 de Novembro Nuno Ferreira Santos

O grupo Jerónimo Martins, dono do Pingo Doce, espera abrir as primeiras lojas na Colômbia durante o quarto trimestre deste ano, num formato adaptado ao mercado e aos consumidores locais.

Alexandre Soares do Santos, presidente do conselho de administração, afirmou esta quarta-feira que não espera atingir, naquele país, o mesmo sucesso que na Polónia, onde a cadeia de supermercados Biedronka já é a maior empresa polaca na indústria alimentar e a quarta maior entre as não financeiras, em volume de vendas. Contudo, acredita que dentro de seis a sete anos, o grupo português estará entre as três maiores empresas da Colômbia.

“Temos lá uma equipa a estudar o mercado, a ver onde será instalada a sede e a recrutar”, adiantou, acrescentando que as primeiras lojas abrem portas no segundo semestre, sobretudo durante os últimos quatro meses do ano.

Durante a apresentação dos resultados financeiros de 2011, Pedro Soares dos Santos, presidente executivo da Jerónimo Martins, sublinhou que o regresso à América Latina (em 2002 o grupo alienou os supermercados Sé no Brasil) está a ser encarado internamente com “entusiasmo” e é um dos grandes projectos para 2012, aliado às perspectivas “muito optimistas” para o mercado polaco e “muita prudência” relativamente a Portugal.

A Jerónimo Martins dá, assim, mais um passo para se transformar em multinacional e pretende investir cerca de 400 milhões de euros na Colômbia em três anos, na criação de um “formato colombiano”, pensado para os colombianos. “Não é uma cópia”, sublinhou Pedro Soares dos Santos, acrescentando que o conceito está assente no “conhecimento operacional” do grupo. A estratégia é apostar em margens baixas, preços baixos e grandes volumes de vendas.Para já, o grupo português tem cinco pessoas na Colômbia a delinear as aberturas.

A Jerónimo Martins, dona do Pingo Doce, teve lucros de 340,3 milhões de euros no ano passado, um aumento de 21% face ao período homólogo. O negócio na Polónia já pesa 60% nas vendas totais do grupo e recebeu 70% do investimento o ano passado. A Biedronka abriu 239 novas lojas e os planos são para inaugurar mais 250 em 2012, o que implica a contratação de cinco mil novos trabalhadores.

Em Portugal, o número de postos de trabalho vai manter-se igual. Alexandre Soares dos Santos garantiu que não há despedimentos no grupo e sublinhou que o prémio dado aos colaboradores aumentou 50 euros, para 300 euros.

“Mesmo que houvesse uma crise brutal que viesse a afectar a Jerónimo Martins, não é nossa política despedir. Teríamos de adoptar outras políticas que não despedir pessoas, cuja vida já não é fácil”, disse.

O grupo emprega no total 66 mil pessoas.

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