Parlamento Europeu aprova 1,5 milhões da UE para o sector automóvel

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A Lear já tinha encerrado uma fábrica em Valongo, em 2006, antes de fechar a da Guarda. Nelson Garrido

O Parlamento Europeu deu hoje "luz verde" à mobilização de dinheiro para Portugal, destinado a reintegrar no mercado de trabalho 726 trabalhadores despedidos de empresas automóveis.

Em causa estão os apoios do Fundo Europeu de Ajustamento à Globalização (FEG), que se destina a ajudar pessoas que perderam o emprego, afectadas pelos efeitos da globalização ou da crise económica mundial, a voltarem ao mercado de trabalho.

De acordo com o comunicado hoje divulgado pelo Parlamento Europeu, os trabalhadores que irão ter direito a estes apoios foram despedidos entre Julho de 2010 e Abril deste ano, em três empresas de componentes para automóveis, no Norte e do Centro do país: a Kromberg & Schubert, a Lear e a Leoni.

“A quebra na procura de equipamento eléctrico para automóveis, que se seguiu ao declínio da procura de carros novos na União Europeia (UE), conjugada com a impossibilidade de operar novos cortes de produção e/ou aceder ao crédito, resultou no encerramento da Kromberg & Schubert Portugal (Guimarães) e da unidade produtiva da Lear, na Guarda”, adianta o mesmo comunicado.

Já a Leoni Wiring Systems Viana (Viana do Castelo) fechou portas devido “a uma situação económica difícil resultante da crise”, bem como “a relocalização da unidade de produção para Marrocos.”

Os 1,5 milhões de euros que vêm do FEG representam 65% de um pacote total de 2,3 milhões de euros.

Os 726 trabalhadores terão apoios em termos de “orientação profissional, reconhecimento, validação e certificação de competências, formação profissional e apoios à formação por iniciativa individual, apoio à criação do próprio emprego ou empresa e incentivos à contratação”.

Esta é a quinta vez que Portugal recorre às ajudas do FEG, desde 2007, quando os apoios concedidos foram também na área da indústria automóvel, mas em Lisboa e no Alentejo. Desde então, também se concederam apoios aos trabalhadores despedidos da Qimonda e do sector têxtil (2009) e na empresa de calçado Rohde (2010).

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