Venda da casa no Algarve entre razões da detenção de Duarte Lima

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O juiz Carlos Alexandre Foto: Daniel Rocha

O advogado Duarte Lima foi ontem detido por suspeita de burla qualificada, branqueamento de capitais e fraude fiscal. Haveria o risco de fuga do país, o que o seu advogado desmente.

Foi o juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal, Carlos Alexandre, quem emitiu os mandados de detenção de Duarte Lima, do seu filho Pedro, e do mandado de busca do ex-deputado do PSD Vítor Raposo que foram ontem alvo de diversas buscas domiciliárias e em escritórios ligados aos seus negócios. Duarte Lima é suspeito de burla qualificada, branqueamento de capitais e fraude fiscal.

A polícia realizou ontem e anteontem mais de uma dezena de buscas na zona da Grande Lisboa, Porto e Algarve. O anúncio da venda da casa que o antigo líder parlamentar do PSD construiu na Quinta do Lago, que estará a cargo de uma imobiliária inglesa e registada num offshore, foi um dos motivos que levaram o juiz Carlos Alexandre a concordar com a detenção de Duarte Lima, suspeito de estar a tentar desfazer-se de parte do seu património no país. Outro dado considerado relevante foi o facto de o ex-deputado não ser visto em público há algumas semanas, o que indiciaria que se estava a esconder e, eventualmente, a preparar uma fuga.

Duarte Lima e o filho começam a ser ouvidos hoje no Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa, a partir das 9h30, não sendo ainda conhecida a ordem da audição.

O ex-deputado é suspeito de ter usufruído directamente ou através de testas de ferro de vários créditos no valor de mais 40 milhões de euros, obtidos com garantias bancárias de baixo valor.

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