Grécia garante ter dinheiro até meados de Novembro

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Ministro grego das Finanças hoje em Atenas Yannis Behrakis/Reuters

O Governo grego reviu hoje estimativas de há três semanas sobre os compromissos financeiros do Estado, garantindo ter fundos até meados de Novembro. Antes, o executivo liderado por Georgios Papandreou dizia só ter dinheiro até meio deste mês, ficando a partir daí totalmente dependente da próxima tranche do empréstimo da UE e do FMI.

“A Grécia não tem nenhum problema de liquidez até meados de Novembro”, garantiu hoje o ministro grego das Finanças, Evangelos Venizelos, quando a 12 de Setembro um adjunto seu afirmara que o executivo apenas tinha margem de manobra até Outubro.

A garantia deixada hoje por Venizelos acontece depois de os ministros das Finanças da zona euro terem ontem adiado por duas semanas a confirmação do pagamento da tranche de oito mil milhões de euros da qual a Grécia está dependente para pagar pensões e salários a partir de meio de Novembro. Esta decisão do eurogrupo foi tomada em acordo com o Governo helénico, que na reunião de ministros ontem no Luxemburgo informou os parceiros da zona euro da situação financeira do país.

Embora tenha deixado implícito que a verba vai ser desbloqueada entretanto, a zona euro vai aguardar pelo relatório de peritos da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional para formalizar o desembolso de mais uma fatia do actual empréstimo de 110 mil milhões de euros.

Se o parecer da troika for positivo, os ministros reunir-se-ão o quanto antes para decidir sobre a tranche, confirmou o presidente do eurogrupo, Jean-Claude Juncker.

Sobre a atribuição das verbas, Venizelos disse ainda que o atraso na decisão resulta da demora na entrega dos relatórios dos auditores internacionais sobre as finanças públicas e as reformas estruturais gregas, que deveria estar pronto até 13 de Outubro.

“A questão principal” que a Grécia enfrenta neste momento, referiu, passa por “convencer os mercados” de que o Governo tem “um plano para o desenvolvimento sustentável do país”.

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