Principal accionista do UBS critica “falhas” que permitiram fraude financeira

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Valor calculado da fraude financeira foi revisto em alta pelo UBS Andrew Winning/Reuters

A direcção do banco suíço UBS reuniu hoje em Singapura, onde um dos maiores accionistas da instituição criticou as “falhas” de controlo do banco que revelou um buraco de 2,3 mil milhões de dólares (1.666 milhões de euros) por fraude financeira.

A primeira posição pública do fundo soberano GIC desde que foi tornado público o caso de fraude financeira no UBS foi conhecida hoje, depois de um encontro dos responsáveis da instituição com o presidente executivo do grupo UBS, Oswald Grübel.

Em comunicado, o GIC disse que o encontro serviu para discutir o caso e expressou “decepção e preocupação com as falhas” que permitiram que não fosse evitada a maior perda financeira do UBS.

O fundo, que detém 6,4% do grupo suíço, espera agora que o banco tome medidas para “restaurar a confiança no banco”.

Oswald Grübel já anunciou estar a acelerar mudanças na dimensão e na estrutura do banco e, segundo a AFP, quer receber da direcção um voto de confiança para levar a cabo o plano de reestruturação. No comunicado, o GIC não refere se a direcção quer, ou não, que o responsável se mantenha no cargo.

Grübel tem mandato à frente do banco até 2013, mas a sua permanência dependerá ainda do que decidirem os investidores até 17 de Novembro.

A fraude de 2,3 mil milhões de dólares numa sucursal do banco em Londres foi denunciada internamente, levando à detenção e acusação, na semana passada, de Kewku Adoboli, um corretor de mercado da instituição de quem as autoridades suspeitam ser o responsável pelo incidente.

Kewku Adoboli era um dos responsáveis pela divisão que acompanhava as transacções em bolsa dos clientes os recursos do próprio banco e é suspeito de ter escondido os riscos associados a investimentos gerando dados fictícios.

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