Trabalhadores do metro mantêm greves de 5 e 7 de Abril

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Trabalhadores no metro não desarmam e mantêm greves António Borges (arquivo)

Depois da greve de hoje, os sindicatos consideram que as paralisações agendadas para os dias 5 e 7 de Abril continuam a fazer sentido e por isso vão manter-se.

"As condições dos trabalhadores do metro mantêm-se porque os recibos no final do mês vão apresentar o mesmo corte”, disse Diamantino Lopes, da Federação dos Sindicatos dos Transportes e das Comunicações (FECTRANS), em declarações ao PÚBLICO.

A decisão foi tomada esta manhã, no final de um plenário de trabalhadores, que concluíram que não havia motivos para terminar com estas paralisações.

Questionado se a FECTRANS vai recorrer a outras formas de contestação aos cortes salariais impostos pelo Governo, o dirigente disse que essa possibilidade está em aberto, quer através de concentrações ou da distribuição de panfletos à população.

Questionado sobre o sentido das greves perante a demissão do Governo, Diamantino Lopes considera que os pressupostos não mudaram.

Metro já funciona normalmente

Entretanto, as linhas do Metro de Lisboa já estão todas a funcionar, garantiu uma porta-voz da empresa ao PÚBLICO, depois da paralisação que começou às 6h30 e terminou às 11h30.

Segundo a empresa a adesão à greve dos trabalhadores escalados para trabalhar hoje rondou os 55 por cento, enquanto a adesão por parte dos trabalhadores na área da exploração (como os maquinistas) foi mais elevada, estando perto dos 80 por cento.

Na perspectiva da federação a adesão foi de 100 por cento.

Esta é a quarta greve parcial do metro desde Fevereiro. Tal como nas greves anteriores, a 7, 15 e 24 de Março, a empresa não assegurou serviços mínimos.

A FECTRANS esteve ontem reunida com o secretário de Estado dos Transportes, Carlos Correia da Fonseca, para lhe apresentar as suas reivindicações, que entretanto foram reencaminhadas para a secretaria do Estado das Finanças.

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